Sob sol intenso, os moradores que ficaram desabrigados após o incêndio da Favela do Moinho, na região de Campos Elíseos, no Centro de São Paulo, se reuniam em frente a uma creche para pegar água e alimentos na manhã desta sexta-feira (23). Entre eles, os relatos de quem perdeu tudo em meio às chamas estão por toda parte.
A auxiliar de serviços gerais Eliene Maria de Jesus, de 38 anos, morava com cinco filhos e um neto em um barraco que ficou completamente destruído. “O meu foi um dos primeiros a ser queimados. A roupinha nova que meus filhos iam usar no fim de ano vão fazer falta, mas eu sinto muito pelas vidas que se perderam”, disse enquanto esperava para pegar um copo d´água. Ela estava em casa na hora do incêndio, mas ainda assim não conseguiu recuperar nada. Eliene não quer ir para albergue. “Ficar em albergue é como ficar na rua. Morar em situação ruim a gente já morava, mas é melhor do que ficar na rua. A gente precisa é de uma moradia.”
A dona de casa Maria Helena Jesus dos Santos, 45 anos, conseguiu sair ilesa do incêndio junto com os cinco filhos, a neta e a nora. Ela passou a noite no galpão da escola de samba 1ª da Aclimação, que fica próxima a uma das linhas da CPTM. “Meu filho faz aniversário hoje e tinha me pedido uma festa de aniversário”. Em casa, ela fazia marmitas para vender. “Eu não tenho marido, preciso me virar, mas fiquei sem casa, sem roupa e sem ter como trabalhar”, afirmou.
“Eu estou um pouquinho triste. Queimou a minha roupa, minha bicicletinha, os copos, os pratos”, contou Amanda Teixeira da Silva, de 6 anos. A mãe dela, Maria Teixeira dos Santos, de 44 anos, pediu abrigo a uma amiga. “Esse Natal vai ser triste”, disse.
Muitos voluntários estiveram na favela nesta manhã. O coronel Jair Paca de Lima, responsável pela Defesa Civil do município, esteve na Favela do Moinho e descartou a interdição de barracos em um primeiro momento. Um abrigo na Rua Anhanguera, no Centro, recebeu durante a noite apenas 24 pessoas, segundo a Defesa Civil. No total, 380 famílias ficaram desabrigadas.
O coronel afirmou que o prédio onde começou o incêndio está com a estrutura comprometida e corre risco de desabamento. Ele será vistoriado posteriormente.
Por volta das 11h30, no local acontecia uma reunião de lideranças locais com autoridades da Prefeitura, de acordo com moradores. A entrada da reportagem do G1 não foi autorizada.
Buscas
Nesta manhã, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da segunda vítima do incêndio no segundo andar do prédio. Os bombeiros davam prosseguimento ao rescaldo, porque ainda havia fumaça e pequenos focos na região. Um levantamento detalhado de todos os andares do prédio era feito por 33 homens e três cães farejadores. “Estamos fazendo as buscas para sairmos daqui com 100% de certeza de que não resta nenhum corpo”, afirmou o comandante.
Em algumas partes do prédio, que ainda estavam muito quentes nesta manhã, os cães farejadores não conseguem caminhar e para fazer a vistoria. Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas - entre elas um bombeiro.
A auxiliar de serviços gerais Eliene Maria de Jesus, de 38 anos, morava com cinco filhos e um neto em um barraco que ficou completamente destruído. “O meu foi um dos primeiros a ser queimados. A roupinha nova que meus filhos iam usar no fim de ano vão fazer falta, mas eu sinto muito pelas vidas que se perderam”, disse enquanto esperava para pegar um copo d´água. Ela estava em casa na hora do incêndio, mas ainda assim não conseguiu recuperar nada. Eliene não quer ir para albergue. “Ficar em albergue é como ficar na rua. Morar em situação ruim a gente já morava, mas é melhor do que ficar na rua. A gente precisa é de uma moradia.”
A dona de casa Maria Helena Jesus dos Santos, 45 anos, conseguiu sair ilesa do incêndio junto com os cinco filhos, a neta e a nora. Ela passou a noite no galpão da escola de samba 1ª da Aclimação, que fica próxima a uma das linhas da CPTM. “Meu filho faz aniversário hoje e tinha me pedido uma festa de aniversário”. Em casa, ela fazia marmitas para vender. “Eu não tenho marido, preciso me virar, mas fiquei sem casa, sem roupa e sem ter como trabalhar”, afirmou.
“Eu estou um pouquinho triste. Queimou a minha roupa, minha bicicletinha, os copos, os pratos”, contou Amanda Teixeira da Silva, de 6 anos. A mãe dela, Maria Teixeira dos Santos, de 44 anos, pediu abrigo a uma amiga. “Esse Natal vai ser triste”, disse.
Muitos voluntários estiveram na favela nesta manhã. O coronel Jair Paca de Lima, responsável pela Defesa Civil do município, esteve na Favela do Moinho e descartou a interdição de barracos em um primeiro momento. Um abrigo na Rua Anhanguera, no Centro, recebeu durante a noite apenas 24 pessoas, segundo a Defesa Civil. No total, 380 famílias ficaram desabrigadas.
O coronel afirmou que o prédio onde começou o incêndio está com a estrutura comprometida e corre risco de desabamento. Ele será vistoriado posteriormente.
Por volta das 11h30, no local acontecia uma reunião de lideranças locais com autoridades da Prefeitura, de acordo com moradores. A entrada da reportagem do G1 não foi autorizada.
Buscas
Nesta manhã, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da segunda vítima do incêndio no segundo andar do prédio. Os bombeiros davam prosseguimento ao rescaldo, porque ainda havia fumaça e pequenos focos na região. Um levantamento detalhado de todos os andares do prédio era feito por 33 homens e três cães farejadores. “Estamos fazendo as buscas para sairmos daqui com 100% de certeza de que não resta nenhum corpo”, afirmou o comandante.
Em algumas partes do prédio, que ainda estavam muito quentes nesta manhã, os cães farejadores não conseguem caminhar e para fazer a vistoria. Duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas - entre elas um bombeiro.
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