sexta-feira, 27 de abril de 2012

Em point gay de SP, hotel masculino só aceita mulher que pagar R$ 12 mil (Postado por Lucas Pinheiro)

Um hotel voltado exclusivamente para o público masculino abre as portas na segunda-feira (30) com mais de cem quartos apenas para solteiros, saunas, piscinas e banheiros coletivos em São Paulo. O proprietário, Douglas Drumond, empresário do ramo hoteleiro, afirma que o Chilli Pepper Single Hotel, no Largo do Arouche, na região central, é para quem faz viagens curtas à capital paulista.

“São Paulo tem uma grande demanda por quartos de solteiro. Muitas vezes, os homens viajam com amigos e não querem dormir no mesmo quarto. Eles vêm a trabalho e depois acham chato voltar para o hotel e passar a noite na internet”, afirma o empresário, que era proprietário da Sauna 269, que funcionou na Rua Bela Cintra, na região da Avenida Paulista.

Não faltarão opções de lazer para quem estiver no hotel. Uma das saunas, de 60 m², é a vapor e há uma piscina resfriada, transparente e toda iluminada em azul. Das janelas redondas é possível ver quem passa por um corredor que recebeu luz âmbar. “Eu não queria ambientes muito iluminados. O meu interesse é que os homens fiquem lindos como em uma passarela”, diz.

Já a sauna seca tem bancos ergonômicos feitos com peroba rosa. Ainda em maio serão inaugurados jacuzzis, dois ofurôs e mais duas piscinas - uma delas será aquecida e terá uma cascata; a outra ficará ao ar livre. Drumond explica que toda a água do prédio é filtrada. Foram desenvolvidos vários drinques para o bar do hotel. Haverá ainda um bar itinerante com comanda eletrônica que percorrerá os diferentes ambientes.

Público gay
Localizado em uma região tradicionalmente frequentada pelo público gay, o hotel terá 20 transexuais entre seus 50 funcionários. “A melhor maneira de ser um hotel 'gay friendly' é promover essa convivência. Não adianta pegar um funcionário preconceituoso e ensinar que ele precisa sorrir para os clientes. É a convivência que faz isso”, afirma Drumond, presidente da Câmara de Comércio Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).

“Eu acho que os transexuais podem ser até melhores profissionais. Na manutenção, por exemplo, eles têm a perspicácia da mulher e a força do homem”, explica o empresário.

Ele afirma, no entanto, que o hotel não é voltado exclusivamente para os homossexuais. “Nunca falei que é um hotel para gays. Todos os homens são bem vindos”, afirma. Quando indagado se receptividade para acolher os homossexuais não afugentaria eventuais clientes heterossexuais, Drumond é enfático: “O hetero hoje em dia já lida com isso de forma mais normal. O homem vai gostar da praticidade e do atendimento”, diz.

Nada de mulheres
Enquanto um quarto para um homem custará R$ 127 por 24 horas nas sextas, sábados e domingos - dias com tarifas mais caras -, a solteira que quiser conhecer o empreendimento, no entanto, terá que desembolsar R$ 12 mil por uma diária. “Não é que a mulher não seja bem-vinda, mas acredito que ela não vai se sentir bem. Tudo foi desenvolvido para agradar ao homem: os aromas, os cheiros dos xampus, dos sabonetes”, diz Drumond. "Mas quem quiser pagar vai ser recebida com um buquê na porta", brinca.

O empresário reconhece que os quartos para solteiros, que têm 2 metros por 1,6 metro, estão abaixo do padrão estabelecido pela Embratur. Por isso, são considerados cabines de repouso onde o hóspede poderá ficar por até 48 horas. “Com o máximo de conforto possível”, pondera Drumond. O piso dos quartos será aquecido.

O Chilli Pepper Single terá ainda armários alugados para quem precisar deixar a bagagem enquanto estiver em São Paulo.  Quem optar por esse serviço também poderá utilizar a área de lazer. Para quem estiver em busca de conforto e um pouco mais de espaço, o hotel contará com cinco suítes que podem ter as divisórias retiradas, criando um ambiente único. “É uma opção para quem quiser fazer uma festa."

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Homem consegue na Justiça direito de permanecer na Cracolândia (Postado por Lucas Pinheiro)

A 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu um habeas corpus para que um usuário de drogas de 41 anos possa circular na região da Cracolândia, no Centro da capital paulista, sem ser revistado pela Polícia Militar. A região, que ficou conhecida pela elevada concentração de consumidores de drogas, é alvo de uma operação policial desde o início deste ano.

O habeas corpus garante ao homem o direito de “circular e permanecer em locais públicos de uso comum do povo a qualquer hora do dia, não podendo ser removido contra a sua vontade salvo se em flagrante delito ou por ordem judicial, estendendo-se os efeitos da ordem aos cidadãos que se encontrem na mesma direção”, diz a decisão.

O pedido foi feito pela Defensoria Pública depois que o usuário procurou ajuda do órgão, que realiza atendimento jurídico e multidisciplinar itinerante para pessoas que não têm condições de pagar advogado.

O homem, que não tem antecedentes criminais, contou aos defensores que, em sete dias da operação, foi abordado em três ocasiões diferentes e que os PMs não apresentaram qualquer justificativa para as averiguações. Segundo os defensores, não havia suspeita de que ele estivesse praticando qualquer tipo de delito, como tráfico de drogas.

“Ele é uma pessoa instruída e extremamente lúcida. Ele nos procurou e declarou: ‘Eu estou tendo o meu direito constitucional de ir e vir violado pela polícia. Não é porque eu sou pobre que não posso ter o meu direito assegurado’ ”, conta a defensora Daniela Skromov de Albuquerque. Segundo ela, o usuário nasceu no Rio de Janeiro e mora na região central há cerca de um ano.

De acordo com os dois defensores, durante o período de 4 a 26 de janeiro, foram coletados mais de 70 relatos de abusos durante as abordagens policiais. “A polícia tem que fundamentar a abordagem. Não é por que uma pessoa pobre está circulando que ela está em atitude suspeita”, disse Daniela.

A defensora elogiou a decisão do Tribunal de Justiça. “A sociedade é repleta de diferenças e a rua tem que refletir isso. A questão é que o espaço público não pode ser de uso exclusivo de quem usa a Sala São Paulo”, disse. “Vivemos um momento de retrocesso em que é preciso uma ordem judicial para assegurar direitos básicos.”

De acordo com a defensora, a instituição não defende que o morador fique nas ruas e atua em várias frentes para evitar que isso aconteça. “O que a Defensoria quer é que os moradores de rua sejam tratados com dignidade, caso eles estejam nessas condições por falta de opção ou por escolha própria”, afirma.

Abordagens
O novo comandante da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Roberval Ferreira França, que tomou posse na quarta-feira (25), no ano passado, a PM fez 12 milhões de abordagens, sendo que apenas em 2% dos casos as suspeitas de que a pessoa possuía armas ou drogas foram confirmadas, o que evidencia a necessidade de repensar novas formas de escolher os suspeitos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Homem armado com faca invade prédio da Defensoria Pública em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um homem armado com uma faca invadiu o prédio da Defensoria Pública de São Paulo na Avenida Liberdade, no Centro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (25). Segundo a Polícia Militar, o caso aconteceu por volta das 7h45. O homem foi preso.

De acordo com a PM, seis pessoas foram feridas pelo agressor. Os feridos foram levados para o Hospital Vergueiro. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado. O caso deverá ser registrado no 1º Distrito Policial, na Liberdade. A Defensoria Pública, entretanto, informou que apenas dois seguranças se feriram.

De acordo com a assessoria de imprensa da Defensoria Pública, um homem entrou no hall de atendimento ao público, no andar térreo, bastante exaltado segurando uma faca e um martelo. Dois seguranças desarmados de uma empresa terceirizada estavam no local. A Defensoria estava aberta desde as 7h para atender pessoas que procuravam o órgão pela primeira vez.

Em seguida, segundo a assessoria, o rapaz agrediu um dos seguranças, que caiu no chão ensanguentado. Um outro segurança e pessoas que aguardavam o atendimento tentaram deter o agressor. O segundo segurança também foi ferido levemente. O homem acabou desarmado e imobilizado até a chegada da Polícia Militar, que o prendeu.

Segundo a Defensoria, os dois seguranças foram socorridos - o primeiro a ser atacado pelo homem ficou gravemente ferido.

O órgão informou ainda que o agressor já havia sido atendido pelo Defensoria Pública anteriormente. Por causa do ataque, o atendimento foi suspenso por tempo indeterminado nesta quarta-feira. A assessoria também não soube informar se no local há câmeras de seguranças que registraram a confusão.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Projeções mostram imagens de linha de monotrilho na Zona Sul de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

O Metrô divulgou nesta terça-feira (24) imagens de simulações do projeto do monotrilho que vai passar por bairros da Zona Sul de São Paulo. Na primeira fase da Linha 17-Ouro, que terá composições sobre pneus, está prevista a construção de oito estações, ligando o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Primeira e segunda etapa
Na primeira etapa, a Linha 17-Ouro atende à concentração da rede hoteleira na região das avenidas Berrini e Nações Unidas, que serão ligadas ao aeroporto. A demanda desse trecho é estimada em 5 mil passageiros/dia.

O segundo trecho, com 6,5 km, interligará o aeroporto de Congonhas à Linha 1-Azul do Metrô, na estação Jabaquara. No percurso, a Linha 17 estará conectada à Linha 5-Lilás, na futura estação Água Espraiada/Campo Belo. Já o terceiro trecho, com extensão de 3,5 km, fará conexão com a Linha 4-Amarela na estação São Paulo-Morumbi, passando pelo bairro de Paraisópolis.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

TJ-SP suspende pagamentos extras a desembargadores suspeitos (Postado por Lucas Pinheiro)

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira (18) a suspensão do pagamento de  vencimentos extraordinários a quatro desembargadores suspeitos de receber recursos irregulares. Em sessão comandada pelo presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, o colegiado decidiu dar 15 dias para apresentação de defesa prévia antes de definir se abre processo disciplinar contra os suspeitos.

Em sua posse no começo do ano, Sartori havia dito que estava determinado a investigar o pagamento de vencimentos irregulares a um grupo de desembargadores que recebeu valores que chegam a R$ 1 milhão.

No fim de 2011, pagamentos irregulares de férias e licenças-prêmios estiveram sob análise de associações de juízes e da corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon.

A investigação, realizada pelo CNJ, foi bloqueada por decisão provisória do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, um levantamento do Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda), feito a pedido do CNJ, identificou movimentações financeiras "atípicas" de R$ 855,7 milhões de 3.426 juízes e servidores do Poder Judiciário entre 2000 e 2010.

Os tribunais do São Paulo concentram a maior fatia (R$ 169,7 milhões) das movimentações apontadas como "atípicas" pelo Coaf.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

São Paulo vai testar modelo de NY de aluguel de imóvel para baixa renda (Postado por Lucas Pinheiro)

A Prefeitura de São Paulo vai colocar em prática um projeto-piloto para a construção de apartamentos para aluguel direcionados à população com renda de até seis salários mínimos. Inspirado em Nova York, ela planeja ceder um terreno na região da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, para que a iniciativa privada construa 600 apartamentos, sendo que 150 deles devem ser alugados por famílias de baixo poder aquisitivo. Ainda não há prazo definido para a licitação do projeto.

Após conversas entre as secretarias da Habitação e do Planejamento Urbano e autoridades responsáveis pelas mesmas pastas em Nova York, a Prefeitura organizou um seminário e apresentou a ideia para a iniciativa privada. A Brookfield Incorporações elaborou uma “Proposta de Manifestação de Interesse”, com o objetivo de desenvolver o projeto de dois edifícios no terreno de 9,4 mil metros quadrados. Ele fica na esquina das ruas Cônego Vicente Miguel Marino e Cruzeiro. No local, funcionava uma garagem de ônibus.

O secretário-adjunto de planejamento urbano, Domingos Pires, diz que o intuito da administração municipal é promover o adensamento populacional da região, que além de estar próxima ao Centro, é bem servida pelo transporte público, porque fica perto das estações Barra Funda e Marechal Deodoro. “O objetivo é induzir uma ocupação balanceada da região da Barra Funda, que permita que as pessoas morem próximo ao emprego, tenham qualidade de vida, além de serviços disponíveis como educação, saúde e lazer”, afirmou.

A Prefeitura aceitou a proposta da Brookfield, que passou a elaborar o projeto de duas torres, que além das 600 apartamentos, terão um térreo comercial. O objetivo é que os habitantes não tenham a necessidade de pegar o carro para ter acesso a serviços e bens de consumo. A expectativa é que o projeto seja entregue para a Prefeitura nas próximas semanas.

Após avaliar o projeto, a Prefeitura deve abrir uma licitação para que empresas privadas possam concorrer para fazer a obra. Os gastos na elaboração do projeto foram custeados até o momento pela Brookfield. A empresa poderá participar da licitação e, caso não seja a vencedora, deve ser ressarcida pelo vencedor da concorrência pelos custos do planejamento.

O projeto prevê que a vencedora da licitação assuma os custos da construção e recupere o valor investido na obra com a venda dos espaços para os estabelecimentos comerciais, que serão negociados a preço de mercado, e dos apartamentos para famílias que possuam renda familiar superior a seis salários mínimos e inferior a 16.

Ao contrário de empreendimentos nos quais o papel da incorporadora termina com a venda dos apartamentos, caberá à vencedora da licitação constituir um fundo que gerenciará os 150 apartamentos que serão alugados para famílias que tenham renda de até seis salários mínimos e sejam indicadas pela Secretaria da Habitação.

Fundo de gestão
O diretor de incorporações da Brookfield, José de Albuquerque, afirma que o fundo terá a responsabilidade de fazer a gestão patrimonial dos apartamentos para impedir que os imóveis se degradem por falta de manutenção. Segundo a Prefeitura, ele deverá ainda contratar serviços como assistência social e psicológica, que serão utilizados eventualmente pelos moradores dos apartamentos da Prefeitura.

Os custos de aluguel e condomínio não poderão exceder 25% das rendas das famílias cadastradas pela Secretaria da Habitação. “O fundo receberá um aporte inicial da empresa responsável pela construção que funcionará como uma garantia de adimplência para os apartamentos da Prefeitura. Após cinco anos, o gerenciamento do fundo será transferido para a Prefeitura”, afirma Albuquerque.

De acordo com a administração municipal, o novo modelo de aluguel subsidiado não tem o objetivo de substituir o atual modelo no qual as unidades habitacionais são construídas e financiadas a longo prazo. “É só uma primeira semente. Temos um déficit de um milhão de unidades até 2024. Para conseguir fazer tudo isso, vai ser preciso empenhar a CDHU, o setor privado, além de parcerias público-privadas”, disse o secretário-adjunto.

Na opinião do diretor de incorporações da Brookfield, a iniciativa é inovadora e positiva. “É uma maneira inteligente de fazer terrenos localizados em Zonas Especiais de Interesse Social [Zeis] virarem negócios. Atualmente, eles não atraem investidores, porque são muito caros.” Ele destaca ainda que o projeto permitirá à Prefeitura valorizar a área que não vinha sendo utilizada. “O patrimônio da Prefeitura aumentará três vezes de valor. No lugar de uma área vazia, ela terá apartamentos que têm valor de mercado”, afirma Albuquerque.

Privatização
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, discorda. Embora admita não conhecer em detalhes o projeto-piloto da Prefeitura, ele considera que se trata “de uma forma de privatização da política habitacional do município”.

Ainda segundo Boulos, a proposta de que os moradores paguem um aluguel não é o principal problema da proposta. “Não ter o título de propriedade [do imóvel] não é o problema. Nossa luta é para resolver o problema da moradia e o principal obstáculo para a construção de moradias populares é a terra. Se a Prefeitura doa um terreno para uma incorporadora ou construtora, lucrar é um disparate”, declarou.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Restaurante mexicano sofre arrastão em bairro nobre de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Um restaurante mexicano na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, foi alvo de um arrastão na noite de segunda-feira (9). Ao menos três suspeitos levaram celulares, dinheiro e objetos de clientes do Mexicaníssimo, segundo a Polícia Militar.

O caso foi registrado no 27° Distrito Policial (DP), em Campo Belo, também na Zona Sul. As informações só foram divulgadas pela polícia nesta quarta-feira (11). A PM foi chamada para socorrer os clientes do restaurante às 20h37 do dia do arrastão.

Não há informações sobre o valor total roubado. O G1 telefonou para o Mexicaníssimo, mas não conseguiu falar com o dono ou a assessoria de imprensa até a publicação desta reportagem.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Comerciante deixa recado para ladrões em São Manuel, SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Um comerciante de São Manuel, SP, se cansou da onda de furtos que sofreu nos últimos meses e resolveu mostrar a indignação com falta de segurança de uma forma inusitada. Dono da loja há 13 anos, José Valter Maestá resolveu colocar um cartaz na porta da loja "orientando" os ladrões que quiserem furtar a loja.

No cartaz, o comerciante decreta: “A partir desta terça-feira está proibido roubar a loja aos sábados e domingos”. E para que não reste dúvidas, reforça a orientação: “Fica permitido roubos e furtos somente nos dias úteis”. E determina também valores: "devido aos grandes prejuízos, os roubos ficarão limitados a um montante de, no máximo, um salário base”. E, para finalizar, alerta os bandidos: “Aos ladrões que descumprirem e na improvável hipótese de serem pegos, talvez quem sabe poderão ser punidos pela lei”.

"Está muito complicada a situação para o comerciante. Eu já fiz de tudo coloquei alarme, cadeado e grades em tudo, recentemente coloquei as câmeras, mas nada inibe a ação dos criminosos. A saída vai ser fechar as portas, se não tiver uma ação mais reforçada da polícia", afirma o comerciante.

Mais um furto
No fim de semana, criminosos invadiram a loja dele mais uma vez. Dois homens invadiram o local, quebraram os vidros das vitrines e pegam vários mostruários de joias, relógios e semi joias. O prejuízo foi de R$40 mil. "No domingo mesmo registramos o boletim de ocorrência, mas, só nesta segunda, os policiais vieram para pegar todas as informações, as imagens. Acho que demorou um pouco, porque já passou o flagrante. Se agisse mais rápido, talvez pudesse ter recuperado a mercadoria ou até preso os ladrões em flagrante", ressalta o comerciante.

Segundo o delegado José Mário Toniato não houve demora para começar as investigações e polícia já tem suspeitos do crime.

O delegado afirma ainda que no fim de semana não teve como conseguir imagens de circuito interno de outras lojas. Outros comerciantes também já foram vítimas de furtos e assaltos, mas não quiseram dar entrevista.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Protesto contra desindustrialização reúne milhares em São Paulo (Postado por Lucas Pinheiro)

Sindicalistas e entidades que representam os empresários do setor produtivo protestaram na manhã desta quarta-feira (4) no entorno da Assembleia Legislativa de São Paulo contra a desindustrialização, a carga tributária brasileira e as dificuldades para criação de emprego no país. Eles reivindicam medidas do governo que garantam aumento da atividade econômica com menos impostos, além de juros mais baixos.

A manifestação ocorreu um dia após o governo federal anunciar um pacote de estímulo à competividade da indústria de R$ 60 bilhões, que inclui duas medidas provisórias e alguns decretos, desonerando a folha de pagamentos de 11 novos setores e viabilizando crédito mais barato por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por volta das 12h40, a manifestação já havia sido encerrada. Os organizadores chegaram a afirmar que cerca de 90 mil pessoas participaram do ato. Procurada pelo G1 pouco antes das 13h, a Polícia Militar disse que ainda não tinha balanço.

Às 12h30, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 78 km de congestionamento em toda a cidade - 34% deles na Zona Sul. O índice estava acima da média para o horário. A companhia chegou a recomendar aos motoristas que evitassem a região do Parque Ibirapuera.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que o grupo fez um alerta contra a "falta de competitividade" do país. “Nós temos enfrentado uma avalanche de [produtos] importados porque o Brasil não tem competitividade”, comentou Skaf durante a manifestação.

Skaf também reclamou dos juros altos e do preço da energia no Brasil. “Nossos custos são altos. Se você tem uma doença que causa ferida, não adianta só passar pomada na ferida. Tem que eliminar a doença”, disse.

Sobre os transtornos causados pelo protesto no trânsito da capital, cujas avenidas na região do Ibirapuera continuavam congestionadas às 12h30, Skaf disse que a manifestação “atrapalhou um pouco”, mas que esperava que a população compreendesse.

"Se São Paulo, o estado industrial do Brasil, não der o exemplo, ele vai colocar em risco a força da sua indústria", declarou Skaf.

Para o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, as medidas lançadas nesta terça são setoriais. “É perigoso o fatiamento dessa suposta reforma tributária”, comentou. Segundo Police Neto, as medidas vão prejudicar São Paulo porque incentiva a indústria enquanto não faz o mesmo com a prestação de serviço e o comércio.

Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, o plano de incentivos à indústria anunciado nesta terça pela presidente Dilma Rousseff “foi feito nas coxas” e “não ataca o coração do problema”.

"O projeto de ontem são medidas pontuais e importantes. O governo desonerou 11 [setores produtivos], mas a indústria nacional é composto por 127 setores. O plano não ataca o coração do problema, que é juros e câmbio. O Brasil precisa baixar juros e equilibrar o câmbio. Foi um plano meio feito nas coxas, feito na madrugada", disse Paulinho.