O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, afirmou na tarde desta terça-feira (5) que a tese de crime passional é uma das linhas de investigação da morte do executivo Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos. A polícia investiga se a descoberta de uma suposta traição do empresário teria motivado Elize Matsunaga, de 38 anos, a matar e esquartejar o marido.
Presa por suspeita de cometer o crime, a mulher alega inocência, segundo a polícia.
Segundo o delegado, a hipótese de traição surgiu após serem encontradas fotos do executivo com outras pessoas no arquivo de um computador. "A polícia apura se a mulher viu essas fotos, achou que se tratava de uma traição e o matou por vingança”, disse o delegado-geral.
Investigadores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) teriam ouvido de parentes da vítima que a mulher de Marcos era considerada ciumenta e possessiva. Elize foi presa na noite de segunda-feira (4), após decisão da Justiça, como a principal suspeita do homicídio.
O empresário sumiu no dia 20 de maio na capital paulista. A família da vítima chegou a registrar um boletim de ocorrência do desaparecimento suspeitando de um suposto sequestro, mas não houve pedido de resgate. No dia 27 desse mês, partes do seu corpo foram encontradas em sacos plásticos pela polícia em Cotia, na Grande SP.
A Promotoria em Cotia acompanha o caso. A promotora Camila Teixeira Pinho não iria falar do caso, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
As suspeitas do DHPP sobre Elize aumentaram depois que ela entregou armas da coleção pessoal de Marcos para Guarda Civil Metropolitana para serem destruídas na campanha do desarmamento na segunda. Outro indício do suposto envolvimento dela no crime surgiu após câmeras do prédio onde o casal morava gravarem a entrada do executivo no apartamento no dia 20 passado, mas não registraram a saída dele de lá.
As mesmas câmeras filmaram, entretanto, a mulher do empresário deixando o imóvel com malas com rodinhas. A polícia investiga se ela usou seus conhecimentos de enfermagem para cortar o marido e colocar os pedaços nas malas.
“Ela é suspeita ainda. Nem foi indiciada e ouvida. Ainda terá de prestar depoimento. A hipótese de traição está sendo investigada, mas ainda é preciso apurar se ela é executora ou mandante”, disse o delegado-geral.
Preliminarmente, os peritos da Polícia Técnico Científica de SP indicam a possibilidade de Marcos ter sido morto após ser baleado. Posteriormente, ele foi esquartejado.
Armas apreendidas
A perícia vai analisar se uma das armas da coleção do marido entregues por Elize à GCM. Uma pistola 765 tem calibre idêntico ao da arma que teria sido usada para balear o empresário antes de ele ser esquartejado. Por esse motivo, o armamento será apreendido para perícia no Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Técnico Científica. O objetivo da investigação é saber se a arma que foi dada na base da Guarda é a mesma que foi usada para atingir a vítima.
A equipe de reportagem não conseguiu localizar o advogado de Elise para comentar o assunto. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ela é bacharel no curso de direito. Para a investigação, a mulher trabalharia como enfermeira.
A polícia fez diligências na noite de segunda-feira no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital, onde utilizou um reagente químico, para localizar manchas de sangue. No local, a polícia encontrou sacos da mesma cor dos que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. "Ela nega, mas há fortes indícios [contra ela]", disse o delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP.
O empresário será enterrado às 15h desta terça-feira no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista. Não haverá velório, segundo informaram ao G1 funcionários do cemitério.
Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de policiais militares, ele negou. “Nem sei se ele tinha segurança e não sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de crime passional", afirmou.
Advogado da família da vítima
Luiz Flávio D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1 que foi contratado pelo irmão e pelo pai do empresário morto e esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil.
"A partir do reconhecimento [da vítima], o pai e o irmão entraram em contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue todas as possibilidades", disse D'Urso. O advogado da família disse que as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região de Cotia, na Grande São Paulo.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela Corregedoria da corporação, informou em nota que "o caso citado é investigado pelo DHPP e encontra-se com sigilo para divulgação de informações, com fulcro em não prejudicar o andamento da apuração."
Yoki
No dia 24 de maio, a companhia norte-americana de alimentos General Mills confirmou a compra da Yoki, com o objetivo de expandir os negócios no Brasil. No entanto, os termos do acordo, que deve ser fechado no primeiro semestre do próximo ano fiscal, que começa em 28 de maio, não foram revelados. O valor do negócio pode chegar a R$ 2,2 bilhões.
Presa por suspeita de cometer o crime, a mulher alega inocência, segundo a polícia.
Segundo o delegado, a hipótese de traição surgiu após serem encontradas fotos do executivo com outras pessoas no arquivo de um computador. "A polícia apura se a mulher viu essas fotos, achou que se tratava de uma traição e o matou por vingança”, disse o delegado-geral.
Investigadores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) teriam ouvido de parentes da vítima que a mulher de Marcos era considerada ciumenta e possessiva. Elize foi presa na noite de segunda-feira (4), após decisão da Justiça, como a principal suspeita do homicídio.
O empresário sumiu no dia 20 de maio na capital paulista. A família da vítima chegou a registrar um boletim de ocorrência do desaparecimento suspeitando de um suposto sequestro, mas não houve pedido de resgate. No dia 27 desse mês, partes do seu corpo foram encontradas em sacos plásticos pela polícia em Cotia, na Grande SP.
A Promotoria em Cotia acompanha o caso. A promotora Camila Teixeira Pinho não iria falar do caso, segundo informou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
As suspeitas do DHPP sobre Elize aumentaram depois que ela entregou armas da coleção pessoal de Marcos para Guarda Civil Metropolitana para serem destruídas na campanha do desarmamento na segunda. Outro indício do suposto envolvimento dela no crime surgiu após câmeras do prédio onde o casal morava gravarem a entrada do executivo no apartamento no dia 20 passado, mas não registraram a saída dele de lá.
As mesmas câmeras filmaram, entretanto, a mulher do empresário deixando o imóvel com malas com rodinhas. A polícia investiga se ela usou seus conhecimentos de enfermagem para cortar o marido e colocar os pedaços nas malas.
“Ela é suspeita ainda. Nem foi indiciada e ouvida. Ainda terá de prestar depoimento. A hipótese de traição está sendo investigada, mas ainda é preciso apurar se ela é executora ou mandante”, disse o delegado-geral.
Preliminarmente, os peritos da Polícia Técnico Científica de SP indicam a possibilidade de Marcos ter sido morto após ser baleado. Posteriormente, ele foi esquartejado.
Armas apreendidas
A perícia vai analisar se uma das armas da coleção do marido entregues por Elize à GCM. Uma pistola 765 tem calibre idêntico ao da arma que teria sido usada para balear o empresário antes de ele ser esquartejado. Por esse motivo, o armamento será apreendido para perícia no Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Técnico Científica. O objetivo da investigação é saber se a arma que foi dada na base da Guarda é a mesma que foi usada para atingir a vítima.
A equipe de reportagem não conseguiu localizar o advogado de Elise para comentar o assunto. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ela é bacharel no curso de direito. Para a investigação, a mulher trabalharia como enfermeira.
A polícia fez diligências na noite de segunda-feira no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital, onde utilizou um reagente químico, para localizar manchas de sangue. No local, a polícia encontrou sacos da mesma cor dos que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. "Ela nega, mas há fortes indícios [contra ela]", disse o delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP.
O empresário será enterrado às 15h desta terça-feira no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste da capital paulista. Não haverá velório, segundo informaram ao G1 funcionários do cemitério.
Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de policiais militares, ele negou. “Nem sei se ele tinha segurança e não sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de crime passional", afirmou.
Advogado da família da vítima
Luiz Flávio D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1 que foi contratado pelo irmão e pelo pai do empresário morto e esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil.
"A partir do reconhecimento [da vítima], o pai e o irmão entraram em contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue todas as possibilidades", disse D'Urso. O advogado da família disse que as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região de Cotia, na Grande São Paulo.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela Corregedoria da corporação, informou em nota que "o caso citado é investigado pelo DHPP e encontra-se com sigilo para divulgação de informações, com fulcro em não prejudicar o andamento da apuração."
Yoki
No dia 24 de maio, a companhia norte-americana de alimentos General Mills confirmou a compra da Yoki, com o objetivo de expandir os negócios no Brasil. No entanto, os termos do acordo, que deve ser fechado no primeiro semestre do próximo ano fiscal, que começa em 28 de maio, não foram revelados. O valor do negócio pode chegar a R$ 2,2 bilhões.
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