A administradora de empresas de 41 anos que foi deixada em uma clínica de estética de São Roque, a 66 km de São Paulo, afirmou ao G1 que entrou em pânico, principalmente depois que o alarme soou. “Quando percebi que estava presa lá dentro já fiquei nervosa. Quando o alarme disparou, entrei em pânico. Fiquei muito mais nervosa, não conseguia parar de chorar”, contou ela, que, a exemplo do proprietário da clínica, pediu para não ser identificada.
Ela negou que tenha dormido durante a sessão para emagrecimento em uma máquina de que emite raios infravermelhos e que funciona como uma espécie de minissauna. “Foi a minha nona sessão. Como das vezes anteriores, fiz uma massagem e já fui para a sessão neste equipamento, que começou às 18h10. Como eu tenho pressão baixa, comecei a sentir palpitação por estar muito quente e, depois de 30 minutos, decidi sair da máquina. Vesti a roupa e saí da sala. Foi quando eu constatei que estava tudo trancado. Quem poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer?”, questionou.
Segundo a administradora, a pessoa que a atendeu havia programado o equipamento para funcionar por 50 minutos, mas não soube informar a temperatura durante a sessão. “A máquina sempre esquenta mesmo e é por isso que eu sempre saía antes, por causa da minha pressão”, disse.
Para chegar à recepção, ela precisou saltar de uma janela com cerca de dois metros de altura. “Fiquei mancando no dia seguinte e estou com dores nas costas”, afirmou. O caso ocorreu na quinta-feira (9). Apesar disso, ela não fez um exame de corpo de delito. Na recepção da clínica, ela conseguiu ligar para o marido e para os bombeiros.
Com o disparo do alarme, um segurança da clínica foi até o local e, do lado de fora, a questionou sobre o fato de estar dentro do prédio, colaborando assim para aumentar o nervosismo dela. Ela disse que só conseguiu sair da clínica depois de mais de uma hora, às 19h45, após a chegada do proprietário. “Meu marido queria quebrar o vidro, eu que pedi para que não fizesse para evitar mais problemas”, relatou.
Ela disse que optou por registrar um boletim de ocorrência na delegacia da cidade para que os proprietários da clínica não pudessem negar o ocorrido. “Uma ação para pedir indenização é complicado. O boletim foi mais mesmo para que houvesse um registro do que aconteceu. Quando lembro de ter ficado trancada não é nada agradável”, disse.
A administradora afirmou que, apesar de ter sessões pendentes, não voltará mais à clínica. “O que mais chateia é que eles não me deram uma ligação para saber como eu estava, não me ligaram para pedir desculpas. Houve um descaso duplo. Simplesmente, esqueceram de mim”, disse.
O proprietário da clínica admitiu que houve uma falha no caso da cliente que foi deixada trancada, mas afirmou que ela exagerou ao procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência por conta deste incidente. O caso será investigado pela Delegacia da Mulher de São Roque.
Lesão corporal
De acordo com a delegada Fernanda dos Santos Ueda, foi aberto um inquérito de lesão corporal culposa. Ao G1 o proprietário do Centro Médico Paschoal Belmonte, que fica no Centro da cidade, apresentou uma versão diferente da que foi relatada pela cliente à polícia. Ele pediu para não ser identificado.
Segundo ele, a cliente costuma dormir assim que a sessão é iniciada. Naquela ocasião, a fisioterapeuta não percebeu que a cliente continuou a dormir depois que a máquina se desligou automaticamente e apagou a luz e trancou a sala. Em seguida, todos foram embora.
O alarme da clínica disparou assim que a mulher começou a andar pelos corredores, às 18h54, segundo o proprietário. Em seguida, um segurança foi até a porta e viu a mulher lá dentro. Ele tentou acalmá-la, dizendo que o dono já tinha sido avisado para abrir a porta. Por último, o proprietário declarou que desligou o alarme às 19h13 – e não às 20h, como consta do boletim de ocorrência.
“Ela ficou cerca de 20 minutos dentro da clínica entre o disparo do alarme e ela deixar o local. Houve um erro da nossa parte, mas não precisava disso tudo”, lamentou, sobre o fato de a cliente ter optado por registrar um boletim de ocorrência. Ele afirmou também que o equipamento não causou qualquer lesão à cliente.
Ela negou que tenha dormido durante a sessão para emagrecimento em uma máquina de que emite raios infravermelhos e que funciona como uma espécie de minissauna. “Foi a minha nona sessão. Como das vezes anteriores, fiz uma massagem e já fui para a sessão neste equipamento, que começou às 18h10. Como eu tenho pressão baixa, comecei a sentir palpitação por estar muito quente e, depois de 30 minutos, decidi sair da máquina. Vesti a roupa e saí da sala. Foi quando eu constatei que estava tudo trancado. Quem poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer?”, questionou.
Segundo a administradora, a pessoa que a atendeu havia programado o equipamento para funcionar por 50 minutos, mas não soube informar a temperatura durante a sessão. “A máquina sempre esquenta mesmo e é por isso que eu sempre saía antes, por causa da minha pressão”, disse.
Para chegar à recepção, ela precisou saltar de uma janela com cerca de dois metros de altura. “Fiquei mancando no dia seguinte e estou com dores nas costas”, afirmou. O caso ocorreu na quinta-feira (9). Apesar disso, ela não fez um exame de corpo de delito. Na recepção da clínica, ela conseguiu ligar para o marido e para os bombeiros.
Com o disparo do alarme, um segurança da clínica foi até o local e, do lado de fora, a questionou sobre o fato de estar dentro do prédio, colaborando assim para aumentar o nervosismo dela. Ela disse que só conseguiu sair da clínica depois de mais de uma hora, às 19h45, após a chegada do proprietário. “Meu marido queria quebrar o vidro, eu que pedi para que não fizesse para evitar mais problemas”, relatou.
Ela disse que optou por registrar um boletim de ocorrência na delegacia da cidade para que os proprietários da clínica não pudessem negar o ocorrido. “Uma ação para pedir indenização é complicado. O boletim foi mais mesmo para que houvesse um registro do que aconteceu. Quando lembro de ter ficado trancada não é nada agradável”, disse.
A administradora afirmou que, apesar de ter sessões pendentes, não voltará mais à clínica. “O que mais chateia é que eles não me deram uma ligação para saber como eu estava, não me ligaram para pedir desculpas. Houve um descaso duplo. Simplesmente, esqueceram de mim”, disse.
O proprietário da clínica admitiu que houve uma falha no caso da cliente que foi deixada trancada, mas afirmou que ela exagerou ao procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência por conta deste incidente. O caso será investigado pela Delegacia da Mulher de São Roque.
Lesão corporal
De acordo com a delegada Fernanda dos Santos Ueda, foi aberto um inquérito de lesão corporal culposa. Ao G1 o proprietário do Centro Médico Paschoal Belmonte, que fica no Centro da cidade, apresentou uma versão diferente da que foi relatada pela cliente à polícia. Ele pediu para não ser identificado.
Segundo ele, a cliente costuma dormir assim que a sessão é iniciada. Naquela ocasião, a fisioterapeuta não percebeu que a cliente continuou a dormir depois que a máquina se desligou automaticamente e apagou a luz e trancou a sala. Em seguida, todos foram embora.
O alarme da clínica disparou assim que a mulher começou a andar pelos corredores, às 18h54, segundo o proprietário. Em seguida, um segurança foi até a porta e viu a mulher lá dentro. Ele tentou acalmá-la, dizendo que o dono já tinha sido avisado para abrir a porta. Por último, o proprietário declarou que desligou o alarme às 19h13 – e não às 20h, como consta do boletim de ocorrência.
“Ela ficou cerca de 20 minutos dentro da clínica entre o disparo do alarme e ela deixar o local. Houve um erro da nossa parte, mas não precisava disso tudo”, lamentou, sobre o fato de a cliente ter optado por registrar um boletim de ocorrência. Ele afirmou também que o equipamento não causou qualquer lesão à cliente.
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