terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Circulação de ônibus é normalizada em SP, dizem SPTrans e sindicato (Postado por Lucas Pinheiro)

A São Paulo Transportes (SPTrans) informou que, por volta das 10h15 desta terça-feira (31), a circulação de ônibus em São Paulo já estava normalizada. Os funcionários de 32 garagens cruzaram os braços entre 3h e 6h30 em uma paralisação em protesto contra a cobrança de multas aplicadas aos motoristas. Às 10h15, o Sindicato dos Motoristas de São Paulo estimava que todos já tinham retomado as atividades.

Segundo o sindicato da categoria, são mais de 400 multas por dia, com valores que acabam sendo descontados dos salários dos funcionários. A SPTrans informa que aplica as multas unicamente nas empresas, sendo estas as responsáveis por repassá-las aos funcionários.

Quem precisou sair de casa cedo nesta terça-feira enfrentou atraso. No Terminal Carrão, por exemplo, passageiros foram pegos de surpresa.

Na Zona Sul de São Paulo, próximo à Estação Jabaquara do Metrô, os pontos de ônibus não estavam tão cheios por volta das 8h20. Entretanto, todos os veículos que seguiam no sentido Centro passavam lotados. Por isso, apesar da grande quantidade de ônibus já circulando pelas ruas, os passageiros ainda enfrentavam atrasos.

“Já passaram os dois ônibus da linha que uso, mas tive que esperar porque não tinha lugar. Tenho que ir de ônibus mesmo, não adianta o Metrô, então tenho que esperar. Mas a situação estava pior antes, pelo menos agora eles estão passando”, disse a vendedora Márcia Salta.

Alguns passageiros se arrependeram de terem seguido direto para as proximidades do Metrô, e não para algum terminal de ônibus. “Lá pelo menos você consegue entrar no ônibus, já que eles começam vazios. Aqui tem que ficar esperando, ou ir bem apertada. Não vi que tinha paralisação antes de sair de casa. Quando cheguei aqui já tinha ônibus, mas por enquanto ainda não está normal”, afirmou a auxiliar de enfermagem Cintia Lopes.

Pouco antes das 8h, os últimos veículos anda saíam da garagem da Viação Tupi na região Sul de São Paulo. Na estação de Metrô Jabaquara, seguranças informaram que o movimento estava menor do que o normal para o horário, apesar da grande circulação de pessoas. No corredor das avenidas Engenheiro Armado de Arruda Pereira e Jabaquara o trânsito seguia bastante lento no sentido Centro, com a faixa da direita tomada pelos ônibus.

Paralisação
A expectativa é que os 44 mil motoristas e cobradores tenham parado nas 32 garagens de ônibus.

Em nota divulgada durante a madrugada, a SPTrans afirma que "adotou medidas emergenciais de atendimento, visando minimizar os transtornos aos usuários, nas quais os midiônibus que operam no sistema de permissão, onde houver possibilidade, terão seus itinerários estendidos até as estações de Metrô e trens; bem como orientará as pessoas nos terminais a deslocarem-se por meios próprios até um corredor que possibilite embarcar em ônibus da EMTU, ou dos permissionários, ou do transporte por metrô ou trem; ou até mesmo que evitem chegar aos terminais, desembarcando nos itinerários onde possam encontrar alternativas para os seus deslocamentos".

Diariamente, 6,1 milhões de usuários utilizam o sistema municipal de transporte público, de acordo com a companhia.

Os sindicalistas afirmam que fracassaram as negociações realizadas com a SPTrans nesta segunda. Eles pedem que os motoristas estejam sujeitos apenas às multas previstas no Código Brasileiro de Trânsito e protestam contra o regulamento municipal chamado Resam (Regulamento de Sanções e Multas).

Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Motoristas, Nailton de Souza, a regra faz com que valores muito mais altos que os do código sejam repassados aos motoristas. Embarcar ou desembarcar passageiro fora do ponto, por exemplo, rende multa de R$ 720. Ele se queixa ainda que os funcionários não podem se defender como desejam, pois são as empresas as responsáveis por apresentar recurso.


sábado, 28 de janeiro de 2012

Suspeito de matar PM na frente da boate Love Story é transferido para SP (Postado por Lucas Pinheiro)

O suspeito de matar um policial e ferir outro em frente à boate Love Story, no Centro da capital paulista em novembro, foi transferido neste sábado (28) para o 77º Distrito Policial, em Santa Cecília. Adelson Aparecido Tomaz, conhecido como Paraná, foi preso na noite de sexta-feira (27), no interior de Santa Catarina, por uma operação conjunta das polícias Militar e Civil.

Nesta manhã ele passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da Zona Oeste da capital. Paraná tem passagens na polícia por tráfico de drogas, sequestro e homicídio, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

De acordo com a polícia, ele não resistiu à prisão. Os policiais o localizaram na quinta-feira (25). Na sexta, eles se passaram por técnicos da companhia de energia elétrica para abordá-lo.

No domingo (22), o Fantástico exibiu uma reportagem com as imagens do crime. O vídeo mostra o momento em que Paraná chega com dois amigos à boate. Eles são conhecidos de funcionários e frequentadores. O segurança proíbe a entrada com qualquer tipo de bebida. Paraná joga a garrafa d’água no chão. Ele e os amigos pagam R$ 60 cada um e ficam menos de quatro minutos dentro da casa noturna. Logo depois, Paraná tenta entrar de novo, mas o segurança impede, alegando que ele está muito alterado.

O criminoso gesticula, xinga, mas aparentemente o segurança não dá bola. Um dos amigos vai buscar o carro. Paraná põe a mão nas costas três vezes. É onde está a arma dele. Segundo testemunhas, ele faz ameaças, diz que vai acabar com a balada mais cedo e que vai voltar para pegar o segurança.

Na calçada, entre os frequentadores da boate, estão dois policiais militares sem farda: o cabo Márcio Martins, de 35 anos, e o soldado José Soares, de 42. A mulher do soldado, que prefere não divulgar o nome, disse que ele foi à boate para participar de uma festa e que não estava lá fazendo bico de segurança. “Ele ia passar lá no Love Story porque ia cumprimentar um amigo que estava tendo uma festa lá. Falei para ele não ir. Tinha alguma coisa dizendo que não era para ir. Mas ele foi. E de lá, ele ia para o serviço.”

As imagens mostram que não há briga ou discussão entre Paraná e os policiais. Às 5h50, o amigo do criminoso chega com o carro. Segundo testemunhas, o soldado Soares fala poucas frases e imediatamente Paraná atira duas vezes nele, à curta distância, sem chance de defesa.

O cabo Márcio Martins chega por trás e atira no criminoso, mas a arma falha. O PM corre, mas não dá tempo de se proteger. Paraná se vira e acerta um tiro nas costas de Márcio. “Na hora eu percebi que tinha ficado aleijado”, disse o cabo. Esta é a primeira entrevista que o policial dá desde o crime. O amigo do atirador pega a arma do cabo e foge. O assassino e o outro comparsa vão embora no carro.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Defesa Civil interdita casas após desabamentos na Zona Sul de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

A Defesa Civil de São Paulo interditou nesta sexta-feira (27) dez casas após o desmoronamento de três delas na Rua Constantino Sérgio, no bairro Pedreira, na Zona Sul da cidade. Elas ficam à beira de um córrego. Inicialmente, a Polícia Militar e os bombeiros informaram que apenas uma residência havia sido destruída.

Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco pessoas foram resgatadas sem ferimentos.  O helicóptero Águia da Polícia Militar chegou a ser acionado.

Segundo José Guerino Lúcio, coordenador da Defesa Civil da Subprefeitura de Santo Amaro, sete famílias foram afetadas pelas interdições. “A maioria ficará na casa de amigos ou parentes. Apenas uma disse não ter condições e receberá auxílio da assistência social”, disse.

Moradores das casas destruídas disseram ao G1 que já haviam sido notificados de que estavam em uma área de risco. A merendeira Edilaine Porto da Silva, de 38 anos, disse que no início da tarde sentiu o chão tremer. “Eu ia sair às 17h, então fui tomar banho. Nisso, meu filho gritou para mim: ‘Mãe, está tudo caindo’. Eu saí correndo, toda ensaboada”, conta.

Vizinha de Edilaine, a dona de casa Creusa Vieira da Silva, de 44 anos, viu as paredes de sua casa racharem. “Na hora estava chovendo. A calçada começou a cair e as paredes começaram a rachar. Foi muito rápido, foi um desespero”, disse. Assim que ela percebeu as rachaduras, ligou para os bombeiros.

Equipes da corporação chegaram rapidamente e fizeram o resgate através de uma abertura no telhado da casa do vendedor José de Assis, de 57 anos. Marido da merendeira Edilaine, ele trabalhava na hora do acidente. “Minha mulher me ligou e eu vim correndo, mas antes liguei para os bombeiros. Quando cheguei, eles já estavam lá e eu mostrei que dava para retirar o pessoal pelas telhas”, disse.

Agora, os moradores temem apenas que seus pertences sejam furtados. A Defesa Civil, porém, informou que irá providenciar a remoção dos móveis e a transferência deles para as casas onde as famílias irão se abrigar.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

PM de folga morre após ser baleado na Zona Oeste de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Um policial militar foi morto na noite desta quarta-feira (25) em frente a uma oficina mecânica na Vila Jaguara, na Zona Oeste de São Paulo. Ele e outro policial eram amigos do dono e aproveitaram a folga para ir à oficina em uma moto. Dois suspeitos foram presos.

Enquanto os policiais estavam em frente ao local, um carro verde parou na rua. Dele desceram dois homens armados. Assim que avistou os dois, o soldado resolveu reagir, mas foi atingido por um tiro no peito.

Ele chegou a ser levado para o hospital, onde morreu. Testemunhas disseram ter ouvido o barulho de pelo menos dez disparos. Cinco atingiram um carro parado na rua.

Uma testemunha viu o veículo, anotou a placa e passou para a Polícia Militar. A PM foi até o endereço cadastrado, encontrou o automóvel e um suspeito, que foi preso. Outro suspeito foi detido no início da madrugada desta quinta-feira (26).

O caso ainda é investigado, mas a polícia acredita que se trata de uma tentativa de assalto. Imagens da câmera de segurança instalada em frente à oficina já estão com a polícia.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Manifestantes atiram ovos em carro oficial durante protesto na Sé em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Manifestantes que realizavam um protesto em frente à Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, atiraram ovos em um carro oficial da Prefeitura da capital na manhã desta quarta-feira (25), segundo a Polícia Militar. Os ovos acertaram seguranças do prefeito Gilberto Kassab. Na igreja era celebrada uma missa em comemoração aos 458 anos de São Paulo. Houve tumulto na saída de Kassab e a PM usou spray de gás de pimenta para conter os manifestantes.

Às 11h40, a PM informou que o protesto era realizado por 500 pessoas. Mais cedo, às 10h50, a PM havia informado ao G1 que eram 200 os manifestantes. Eles protestavam contra a operação integrada na Cracolândia.

Segundo a rádio CBN, o carro do prefeito foi cercado e Kassab precisou sair pelos fundos da catedral. A PM lançou bombas de gás para dispersar os manifestantes. A PM informou apenas que a comitiva do prefeito foi cercada, havendo “um princípio de tumulto” e foi preciso usar "técnicas de dispersão".

Alguns manifestantes disseram ao G1 que fazem parte da "Frente da Luta por Moradia" e que protestavam contra a reintegração de posse realizada numa área invadida conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior paulista. Desde domingo (22), a PM cumpre a ordem de reintegração. No local, ocupado desde 2004, viviam 1.500 famílias - cerca de 6 mil pessoas.

Os manifestantes também cercaram os jornalistas que acompanhavam o protesto e tentaram impedir o trabalho da imprensa.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Saiba como ir às compras em SP após o fim das sacolas plásticas (Postado por Lucas Pinheiro)

Consumidores já encontram uma série de opções para substituir as sacolas plásticas tradicionais dos supermercados de São Paulo, que vão deixar de ser fornecidas a partir desta quarta (25). O G1 percorreu supermercados de três redes (Carrefour, Pão de Açúcar e Sonda) e encontrou ao menos oito tipos diferentes de bolsas reutilizáveis - feitas de lona, de algodão, de plástico reciclado de garrafas PET, de tecido TNT e de ráfia (tipo de plástico, também conhecido como polipropileno). Os preços variam de R$ 1,99 a R$ 13,90, dependendo do modelo escolhido.

A orientação dada pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) é que as redes ofereçam ao menos um tipo de sacola a preço de custo. Existem também outras opções: carrinhos com bolsas adaptadas, caixas de plástico dobrável, caixas de papelão e as sacolas biodegradáveis (chamadas também de biocompostáveis). Em todos os supermercados havia caixas de papelão gratuitas à disposição dos clientes, e também sacolas biocompostáveis - vendidas a R$ 0,19, em média.

As opções mais simples para as compras semanais são as bolsas retornáveis, as chamadas ecobags, dizem os consumidores ouvidos pelo G1. "Acho a bolsa [retornável] mais prática porque tem as alças para carregar, você coloca uma em cada mão e já sobe [para casa] com as compras de uma vez. Não ocupa espaço, você sempre pode deixar uma dentro da bolsa", diz a advogada Luciana do Rosário Pires, de 33 anos, que fazia compras no Pão de Açúcar da Vila Clementino, na Zona Sul de São Paulo. Ela diz ter de oito a dez ecobags em casa.

As ecobags mais baratas são as de ráfia, vendidas a R$ 1,99 no Pão de Açúcar e R$ 2,90 no Carrefour. Já as bolsas feitas do material de garrafa PET têm preço variável entre R$ 5,99 e R$ 6,99 - depende do modelo escolhido e do supermercado. A ecobag mais cara costuma ser a de lona, por ser maior - o preço chega a R$ 13,99.

Outros clientes preferem usar o carrinho com bolsa, que permite levar as compras sem fazer tanto esforço. O produto sai por R$ 49,90 nos mercados Pão de Açúcar e Sonda e R$ 22,90 em um modelo menor. O estudante Caio Narezzi, de 24 anos, levava um carrinho grande que ganhou de presente de aniversário da amiga Ana Carolina Mora, de 23, na hora de fazer compras no Carrefour da Rua Pamplona, na região central de São Paulo. "As sacolinhas de plástico não servem para nada, fazem muita bagunça na minha casa. Eu prefiro o carrinho", afirma o universitário.

Ambos não revelam o preço do carrinho, mas dizem que custou mais de R$ 70. Eles não dispensaram uma bolsa de pano para carregar o excedente das compras. "A questão ecológica é o principal fator para a gente", diz Ana Carolina. "Temos pelo menos cinco sacolas de pano e o carrinho."

Cálculo das compras
Com o fim das sacolinhas, o consumidor precisa também calcular, às vezes antes mesmo de sair de casa, o que precisa levar para guardar as mercadorias. A maioria dos clientes ouvidos faz compras semanalmente, e levam três ecobags para carregar os produtos. "Estou com três [ecobags] na mochila, eu passo no mercado toda semana. Três é suficiente", diz a fisioterapeuta Caroline Albuquerque, de 26 anos.

Para compras mensais, os consumidores preferem usar caixas de papelão, que são adquiridas gratuitamente nos mercados, ou de plástico dobrável, cujo preço varia entre R$ 18,90 (15 litros), R$ 29,90 (35 litros) e R$ 39,90 (60 litros). É necessário usar de 10 a 12 caixas de papelão para levar as mercadorias. "É complicado fazer compra mensal, porque a família que faz essa compra tem que usar caixas. É muita coisa para levar na ecobag", afirma a terapeuta corporal Marina Allodi, de 42 anos.

Outra opção é usar carrinhos - o cálculo é que seja necessário ter pelo menos dois para levar as compras de um mês inteiro.

Alguns clientes, como Ana Carolina e Caio, preferem combinar uma ou duas ecobags com os carrinhos, de forma a distribuir melhor os produtos adquiridos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Prefeitura começa a demolir prédios usados pelo tráfico na Cracolândia (Postado por Lucas Pinheiro)

A Prefeitura de São Paulo começou a demolição de seis imóveis na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (18). Eles ficam no quarteirão das ruas Dino Bueno e Helvétia e corriam risco de desabar, de acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

A derrubada dos prédios vai ser realizada por 250 homens, 20 caminhões, duas máquinas de demolição e 30 veículos, segundo a Prefeitura. A Secretaria disse que os imóveis haviam sido invadidos por usuários e traficantes de drogas e estavam condenados.

O último balanço do Governo de São Paulo informou que já haviam sido realizadas mais de 6 mil abordagens na região da Cracolândia desde que a Operação Centro Legal teve início, em 3 de janeiro, até esta terça-feira (17). Além disso, 156 pessoas foram presas ou recapturadas.

O Governo do estado informa que mais de 3,3 kg de crack - cerca de 10 mil pedras da droga - foram apreendidas. Os policiais apreenderam ainda cerca de 43 kg de maconha e 15 kg de cocaína.

Os agentes de saúde continuam com o trabalho na região: 85 pessoas já foram internadas para tratamento da dependência química. O número de abordagens dos agentes chega a 1.942. Outras 305 pessoas foram encaminhadas para postos de atendimento por conta de problemas de saúde, sendo seis grávidas levadas para o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas da Secretaria de Estado da Saúde.

O número de abordagens dos agentes sociais é de 1.786. Mais de 1.100 pessoas foram encaminhadas para abrigos públicos. De acordo com o boletim do governo, mais de 107 toneladas de lixo já foram retiradas das ruas da região central da capital paulista.

A Guarda Civil Metropolitana também participa da operação. Os guardas já prenderam três pessoas, sendo um condenado foragido. Além disso, a GCM também diz ter apreendido 100 pedras de crack desde o dia 3 de janeiro, em mais 3.400 abordagens.

A Prefeitura da cidade começou nesta terça a lacrar casarões abandonados na região da Cracolândia. Ao menos 32 imóveis serão lacrados até o fim de semana. São edifícios irregulares, com problemas estruturais, que servem de abrigos para usuários de drogas. Cerca de 250 homens fazem os trabalhos com apoio de guardas-civis e PMs.

Favela do Moinho
Ainda na tarde desta terça, a Polícia Civil  realizou uma operação de combate ao tráfico de drogas na Favela do Moinho, nos Campos Elíseos, região central da cidade.

O helicóptero Pelicano também participou da ação e ajudou nas buscas por um traficante. Policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) também entraram na favela. Um suspeito de tráfico conseguiu fugir.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SP deixa estado de atenção após temporal (Postado por Lucas Pinheiro)

A chuva que atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta terça-feira (17) perdeu intensidade e a capital paulista saiu do estado de atenção às 17h20. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, no horário chovia fraco em toda a cidade.

Por volta das 17h40, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 13 pontos de alagamento ativos na cidade. No total, o CGE registrou 24 alagamentos nesta tarde, sendo oito intransitáveis.

A tempestade também atingiu a região metropolitana e deixou avenidas de cidades do ABC debaixo d'água. Em São Bernardo do Campo, pessoas ficaram ilhadas e carros e ônibus ficaram submersos. Um bote dos bombeiros foi acionado para fazer o resgate das vítimas. Segundo a corporação, ao menos 30 chamados foram atendidos.

A pistas centrais da Via Anchieta, em ambos os sentidos, na região de São Bernardo do Campo, entre o km 10 e o km 14, foram bloqueadas por volta das 16h por conta de um alagamento. Segundo a Ecovias, concessionária que administra a rodovia, o motorista que passava pela região era aconselhado a usar as pistas marginais. O trecho foi interditado por conta do transbordamento do Ribeirão dos Couros.

Segundo a Prefeitura de São Bernardo, a região do Paço Municipal, no Centro da cidade, foi tomada por diversos pontos de alagamento. Trechos das avenidas Pereira Barreto, Jurubatuba e Faria Lima ficaram intransitáveis.

Em Santo André, segundo a Defesa Civil, foram registrados pontos de alagamento em ruas dos bairros Bairro Valparaíso, Príncipe de Gales, Jardim, Vila Alzira, Capuava, Condomínio Maracanã, Santa Terezinha, Parque das Nações, Vila América, Vila Floresta e Vila Pires

De acordo com órgão, foram 16 chamados para alagamentos, um para queda de árvore, três para vistorias em edificações e muros e dois para escorregamentos de terra.

O Córrego Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, também transbordou. Em razão disso, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, decretou estado de alerta na região da Subprefeitura do Ipiranga às 15h10. O alerta foi encerrado às 16h12.

Toda a cidade de São Paulo foi colocada em estado de atenção às 14h50. O Aeroporto de Congonhas fechou para pousos e decolagens duas vezes em razão do temporal.

Os trens da Linha 10 - Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) tiveram a circulação interrompida entre as estações Mauá e São Caetano, no ABC. Segundo a companhia, o trecho foi bloqueado por conta de um alagamento. Por volta das 17h40, a situação já havia sido normalizada.

Nove linhas da EMTU que fazem o Corredor Metropolitano ABD (São Mateus - Jabaquara) também foram paralisadas por conta do alagamento.

Na Fernão Dias, um ponto de alagamento se formou, prejudicando os motoristas.

A Defesa Civil da cidade decretou estado de atenção para deslizamentos em bairros das zonas Sul, Norte e Leste na manhã desta terça. Desde as 10h05, estão em observação os bairros Jaçanã/Tremembé, Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista, Parelheiros, Perus, Itaim Paulista e Capela do Socorro. A medida foi tomada devido às chuvas dos últimos dias.

Às 14h30, foi decretado também estado de atenção para enchentes nos bairros de Butantã, Lapa, Pinheiros, Sé, Campo Limpo, M´Boi Mirim, Capela do Socorro, Parelheiros, Santo Amaro, Cidade Ademar, Vila Mariana, Jabaquara e Ipiranga.


Homem mata filha grávida, neto e genro na Zona Sul de São Paulo (Postado por Erick Oliveira)

Um homem matou a filha grávida, o neto de 3 anos e o genro nesta segunda-feira (16) no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, de acordo com a Polícia Militar (PM).
Em seguida, o motorista de 56 anos se matou. Ele chegou a ser levado para um hospital da região, mas não resistiu.
A Polícia Civil ainda investiga o que motivou o crime. O caso foi registrado no 35º Distrito Policial.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

'A minha vida está em risco', diz suspeito de acidentes em SP (Postado por Erick OLiveira)

O administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, de 34 anos, suspeito de provocar uma série de acidentes em São Paulo na manhã de segunda-feira (9), disse em entrevista exclusiva ao repórter Valmir Salaro, da TV Globo, que sua vida está em risco. Costa se recusou a responder às perguntas da polícia durante depoimento nesta quinta-feira (12). Ele se disse confuso e pediu para falar apenas em juízo.
“A minha vida está em risco. Se isso for investigado, você vai verificar”, disse ele na delegacia. O suspeito se entregou na noite de quarta-feira (11), após ficar dois dias desaparecido. Segundo relato do próprio e de seu advogado, Costa passou cerca de 12 horas escondido em uma tubulação de esgoto após se envolver em acidentes, roubar e atirar em cerca de dez carros e um ônibus.
Na delegacia, Costa reclamou que estava sem óculos e sem remédios. “Eu bati [o olho] no acidente, estou sem óculos. Minha namorada, meu advogado, minha família, ninguém me trouxe meus óculos. E precisava tomar esse remédio para limpar o fígado também, ninguém me trouxe”, afirmou. “Eu fiquei no esgoto muito tempo, eu estou com sangue sujo, estou com muita intoxicação.”
O administrador de empresas contou que estava sendo perseguido por vizinhos. “Eu estava tendo ameaças já de vizinhos meus, dois dias antes tinha soltado uns fogos e ele reclamou, ele gritou comigo, o outro também tinha já me ameaçado, o da casa de baixo”, afirmou. “Eu não atirei em ninguém. Eu atirei no carro para pegar os carros para seguir, para poder fugir.”
Costa também relatou ligações recebidas por sua namorada como indícios da perseguição. “A minha namorada recebeu uma ligação de uma amiga dela, alguns minutos antes. A filha dela também parece que ligou para ela e tudo isso tem que ser verificado.”
Questionado se já havia apresentado problemas mentais, ele não quis responder. Entretanto, se disse arrependido e disposto a pagar pelos crimes que cometeu. “Se eu cometi algum crime, eu tenho que pagar, com certeza. A nossa vida está em primeiro lugar, a gente quer defender a nossa vida. Quero preservar minha vida, quero cumprir a pena, só isso. Lutei muito pela minha vida. Nunca, jamais me mataria. Estou totalmente arrependido, mas acho que não mereço a pena de morte. Não quis matar ninguém e não acho que mereça pena de morte.”

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Desabamento deixa feridos na Zona Norte de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Um desabamento em uma obra na Zona Norte de São Paulo deixou pessoas feridas na tarde desta quinta-feira (12). Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 15h30, na Avenida General Penha Brasil, altura do número 2.500.

Seis equipes dos bombeiros foram enviadas ao local. Ao menos quatro pessoas foram retiradas dos escombros até as 16h. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, também foi acionado. A área foi isolada.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Polícia vai pedir prisão de suspeito de causar série de acidentes em SP (Postado por Erick Oliveira)

A Polícia Civil vai pedir a prisão temporária do administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, de 33 anos, suspeito de provocar uma série de acidentes na manhã desta segunda-feira (9) em São Paulo. O homem, que também é artista plástico e mora em um condomínio de luxo em Cotia, na Grande São Paulo, será indiciado na terça (10) por tentativa de homicídio, roubo e disparo de arma de fogo.
O advogado de Costa disse não acreditar que seu cliente tenha cometido os crimes. “As atitudes que estão sendo colocadas contra ele são contrárias ao comportamento do rapaz”, disse o advogado Nicolau Aun Junior. “A minha orientação para ele é que se apresente. Minha preocupação é com a vida dele.”
Para a polícia, porém, Costa foi quem causou todos os acidente durante a manhã. Quatro pessoas já o reconheceram por foto. Segundo as investigações, ele bateu em pelo menos dois carros e um ônibus, baleou um homem na barriga e feriu outro de raspão.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Antônio Manfrin, do 26º Distrito Policial, no Sacomã, disse acreditar que o administrador tenha tido um "surto psicótico". "Aparentemente não há motivação, a não ser um surto", afirmou. O policial acrescentou que ao menos 20 tiros foram disparados.
A namorada de Costa prestou depoimento nesta segunda. Ela o descreveu como uma pessoa fechada, com poucos amigos e quase nenhum contato com a família, e que não trabalhava. "Ele aplicava dinheiro na bolsa de valores", segundo o delegado.
A mulher contou à polícia que tudo começou às 4h desta segunda. Costa era conhecido por ter mais de dez cachorros, e eles começaram a latir nesse horário -o casal havia ficado acordado até tarde vendo filmes. O administrador teria ficado com medo de que a casa tivesse sido invadida. "Ele teve uma briga recente com o vizinho em relação ao barulho [dos cães] e teria sido ameaçado", disse Manfrin. "Quando a namorada dormiu, ele [Costa] saiu de casa deixou tudo aberto, as portas abertas. Ele saiu de carro, vestindo o colete e com a arma em punho."
A relação dele com a namorada era boa -o casal está junto há quatro anos e se vê aos fins de semana, segundo o depoimento. "O surto não ocorreu por conta de uma briga", afirmou o delegado-adjunto Dalmir de Magalhães.

'Dia de fúria'
O tenente da Polícia Militar Guilherme Willian Pacheco definiu a ação como um "dia de fúria". Segundo ele, a ação "foge do padrão de um assalto". “Ele em um dia de fúria e loucura teria pego uma arma e um colete e efetuado vários disparos em via pública”, afirmou.
Os policiais descobriram a identidade do suspeito após constatarem que ele é o dono do Corolla encontrado na Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul.
O Corolla, após derrapar, foi visto pela primeira vítima do criminoso, o taxista Elias da Silva, de 37 anos, que levava uma passageira para o aeroporto. Ele parou no semáforo e foi abordado pelo homem armado com uma pistola calibre 380.
Para o tenente, a ação foge do padrão, segundo relato das testemunhas que estiveram presentes durante todo o dia no 26º Distrito Policial, no Sacomã. “Em nenhum momento ele falou 'desce, que é um assalto', como a gente costuma ver. Ele atirou, depois tirava a pessoa de dentro do carro. Foge do padrão de um roubo normal."
Ação
Em alta velocidade, o criminoso que havia roubado o táxi nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, colidiu com um Fiat Brava na Avenida Presidente Tancredo Neves, próximo da Avenida Nossa Senhora das Mercês. Um Fiat Idea também foi atingido.
"Eu só ouvi a pancada. Foi tão forte que eu pensei que era um caminhão. Só pensava no meu filho”, afirmou David Neves, técnico em instalação de TV a cabo, que dirigia o Fiat Brava. A mulher dele, de 28 anos, e o filho, de 2 meses, tiveram que ser levados ao Hospital Cruz Azul, mas passavam bem. “Minha mulher deve ter uns arranhões, mas está em choque. Meu filho estava na cadeirinha. Eles estão só estão em observação. Está tudo bem.”
Depois da colisão, o criminoso deixou o carro e saiu atirando para todos os lados. Ele baleou o motorista de uma EcoEsport e tentou fugir no carro, mas não conseguiu. Posteriormente, o criminoso atirou contra um Logan. “Acho que ele queria o meu carro para fugir”, disse o engenheiro Ademir Carlos Guerretta, de 61 anos, que ia para o trabalho no Logan. O tiro atingiu o engenheiro de raspão no braço.
O ladrão abordou, então, a professora Ivete Souza Cruz, de 48 anos, que estava no Polo prata. “Ele atirava a esmo. Ele deu um tiro na maçaneta e tentou me tirar com cinto e tudo. Ele me arrancou do carro. Não tinha percebido que ele estava ferido, mas estou com a roupa toda suja de sangue dele”, disse a professora.
À frente, já próximo à Rua Vergueiro, ainda na Avenida Presidente Tancredo Neves, ele colidiu com um ônibus. Para prosseguir em fuga, um Ford Ka foi roubado, com o qual seguiu até o Parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo. Nesse ponto, ele roubou um Celta e seguiu até a Ponte da Casa Verde. Depois, desapareceu.
O motorista da EcoEsport foi levado para o Hospital Heliópolis, onde passou por uma cirurgia. Segundo um familiar da vítima, a bala perfurou a barriga e ficou alojada na perna. Ele passava bem nesta tarde.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Polícia vai pedir imagens de imóveis vizinhos a prédio assaltado em SP (Postado por Erick Oliveira)

A Polícia Civil irá pedir imagens das câmeras de segurança de prédios vizinhos ao condomínio que foi invadido na noite de sábado (7) na Rua General Jardim, na Vila Buarque, no Centro de São Paulo. Entre 10 e 20 homens armados fizeram um arrastão no prédio e renderam os moradores por mais de duas horas.
Os assaltantes não tiveram dificuldade em entrar no prédio – na grade não há cerca elétrica e existe uma câmera de segurança na entrada, mas ela não grava as imagens.
Os criminosos renderam o vigia noturno para poder invadir o prédio. Os moradores eram rendidos conforme iam chegando no edifício. Depois do roubo, cada morador era trancado em algum cômodo do apartamento para não avisar à polícia.
Uma moradora que não quis ser identificada disse que os criminosos procuravam um cofre. Ela conta que foram duas horas de terror e que o tempo todo os assaltantes ameaçavam as vítimas.
“Sempre ameaçando, que ele podia voltar, se ele não voltasse poderia mandar um irmão para terminar o serviço. Mas que era para eu entregar, abrir o cofre. Tinha um menino, eu acho que esse era menor, com a arma sempre engatilhada, brincando com a arma”, contou a moradora.
Os criminosos fugiram levando dois carros dos moradores. Um deles foi abandonado algumas ruas depois. Eles também roubaram dinheiro, joias, computadores e celulares.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Justiça fixa fiança para motorista de acidente que matou grávida em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

A Justiça fixou nesta quarta-feira (4) uma fiança de R$ 20 mil para o representante comercial Carlos Alberto Fiore, envolvido no acidente que causou a morte de uma mulher grávida e do bebê dela no dia 1º de janeiro na Zona Sul de São Paulo. Com o pagamento da fiança, Fiore poderá deixar a cadeia e responder o processo em liberdade. A comerciante Lilian Maria dos Santos, de 30 anos, voltava com a família de uma festa de réveillon na casa de parentes. O acidente foi na Avenida Professor Abraão de Morais, no Bosque da Saúde. Fiore, de 29 anos, foi detido no domingo, em flagrante.

De acordo com a decisão da Justiça, o fato de o veículo das vítimas, um Fiat Idea, ter ultrapassado o sinal vermelho no momento do acidente foi determinante para o estabelecimento da fiança. "Logo, pelo menos segundo os dados até então disponíveis, verifica-se que a prova produzida aponta para, pelo menos em parte, culpa do condutor do veículo Fiat Idea com relação ao trágico evento", aponta o documento. Duas testemunhas atestaram o fato.

Para o estabelecimento do valor da fiança, a Justiça destaca as informações de que Carlos Alberto teria consumido álcool e cocaína antes de pegar o veículo e que não foi a primeira vez que ele foi pego dirigindo embriagado. Fotos feitas pela família dela mostram que no outro carro foi encontrada bebida alcoólica. O representante comercial admitiu ter bebido.

Segundo a polícia, em junho de 2010 ele foi encaminhado a uma delegacia após ter sido pego em uma blitz. O boletim de ocorrência registrado na ocasião indica que o jovem não passou no teste do bafômetro. Ele ainda responde a esse processo.

Acidente
De acordo com a Polícia Civil, a mulher dirigia o carro que foi atingido pelo outro veículo. Além da mulher, seu marido, a filha do casal, de 8 anos, e uma sobrinha também estavam no carro. Com o impacto da batida, Lílian foi arremessada para fora do carro e morreu.

Os médicos fizeram um parto de emergência na tentativa de salvar o bebê, mas ele também morreu. O outro veículo era dirigido pelo representante comercial, que foi preso em flagrante e indiciado por duplo homicídio doloso (quando há intenção de matar).

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Casal espanhol diz que filho negro foi expulso de restaurante em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

O que era para ser uma viagem de férias no Brasil terminou em tristeza para a espanhola Cristina, de 42 anos. A mulher, que não quis ter o sobrenome revelado, veio ao país com o marido Jordi, também espanhol, e o filho de 6 anos, adotado há dois na Etiópia. Na sexta-feira (30), Cristina procurou a polícia alegando que seu filho, que é negro, foi expulso do restaurante Nonno Paolo, no bairro Paraíso, Zona Sul de São Paulo. O advogado do estabelecimento nega e diz que o menino saiu espontaneamente após ser abordado pelo proprietário.

O dono do restaurante confundiu a criança com um menino de rua, segundo seu defensor, José Eduardo da Cruz. O garoto, que não fala português, foi encontrado pela família a um quarteirão de distância do local.

"Foi um desespero, a primeira coisa que eu pensei foi que alguém havia levado ele embora [o menino] e que não iríamos vê-lo nunca mais", disse a mãe, técnica de administração acadêmica na Universidade de Barcelona. A família havia ido ao Parque Ibirapuera na manhã da sexta (30) e decidiu comer no restaurante à tarde. Funcionários viram que o garoto entrou com os pais e o trataram como cliente num primeiro momento, relatou Cristina.

A família, que chegou ao Brasil em 17 de dezembro, disse estar muito abalada. A tia que hospeda o casal, Aurora, afirmou que o garoto evita falar sobre o caso e que estava chorando quando foi encontrado pelos pais. "Ela [Cristina] chegou aqui chorando, com o marido. Eu voltei [ao restaurante] com ela para saber o que houve e um funcionário admitiu que havia colocado o menino para fora."

O casal espanhol fez um boletim de ocorrência no 36º Distrito Policial, na Vila Mariana, ainda na sexta (30). O caso foi registrado como constrangimento ilegal, mas a polícia investiga a hipótese de racismo. A mãe já foi ouvida pelos policiais.

O advogado do Nonno Paolo reconhece que o dono do estabelecimento abordou a criança, mas nega que tenha havido racismo. "Ele [o dono] se dirigiu ao garoto e ele não respondeu. Ele imaginou que fosse mais um dos meninos de rua da feira, e a criança saiu do local espontaneamente. Em hipótese alguma houve racismo", disse.

Funcionários do restaurante ouvidos pelo G1 confirmam que o dono do local colocou o garoto para fora do estabelecimento.

"Ele me disse 'um senhor me botou para fora', em catalão, que é a nossa língua. Perguntamos se ele estava ferido e ele disse que foi segurado pelo braço, mas não foi machucado", contou a mãe. A família volta nesta segunda (2) para a Espanha, mas vai acompanhar o caso e estuda entrar na Justiça caso a investigação não prossiga.