Ao menos 46 vítimas do acidente ocorrido na Linha 3 – Vermelha do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, nesta quarta-feira (16), deverão entrar na Justiça contra a companhia para pedir indenização por danos morais e materiais, segundo o advogado Ademar Gomes, da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp). Ele diz que o valor dos pedidos poderá chegar a R$ 50 mil.
Uma das vítimas, um homem de 34 anos, que trabalha com rodeios, disse ao G1 que fraturou um dedo do pé e, por isso, perdeu a semana de trabalho. “Agora vou ter que voltar para Laranjal Paulista e não vou poder mais trabalhar no rodeio em Carapicuíba”, disse ele, que pediu para não ser identificado. “Se não trabalhar, não ganho. Espero que me paguem pelo menos uns R$ 20 mil ou R$ 30 mil.”
De acordo com Ademar Gomes, na tarde desta sexta-feira (18) algumas vítimas ainda chegavam ao escritório. “Vamos ver o número máximo de pessoas que conseguimos reunir”, disse ele, que afirmou ter sido contatado para assessorar na formação de uma associação de vítimas. “Vai demorar pelo menos mais uma semana até começarmos com os processos.”
Os processos poderão ser movidos por danos materiais, lesões corporais e até danos morais, segundo o advogado. “Teve uma vítima, por exemplo, que precisou remarcar o casamento que estava agendado para esta quinta [17]. Tem gente com medo, muita gente machucada. Agora nós vamos avaliar os casos e as indenizações deverão ficar entre R$ 5 mil e R$ 50 mil”, explicou Gomes.
Uma professora da rede municipal de ensino, de 49 anos, que também pediu para não ser identificada, esteve no escritório da associação nesta sexta. Segundo ela, no momento do acidente ela estava indo para o INSS, com o objetivo de fazer uma perícia agendada há cerca de 90 dias. “Por causa disso, não consegui ir e eles remarcaram para novembro. Agora vou ter que esperar mais quase seis meses para fazer essa perícia”, disse ela, que afirmou ter machucado o joelho, o braço e a cabeça. “Fora o trauma que ficou em mim. Hoje peguei o metrô e fiquei morrendo de medo.”
Em nota, o Metrô informou que já constituiu um núcleo de atendimento e assistência às pessoas envolvidas. Os interessados deverão entrar em contato com a companhia pelo telefone 0800-7707722.
O acidente
A colisão aconteceu na manhã de quarta-feira na Linha 3 - Vermelha do Metrô. Uma composição bateu em outra entre as estações Penha e Carrão, na Zona Leste. O acidente ocorreu após uma falha em uma placa de controle de velocidade. Cada uma controla um trecho da linha. A placa que teve defeito ficava na estação Tatuapé e, por algum motivo, não identificou que havia um trem parado. Por isso o sistema de controle mandou a outra composição que vinha atrás acelerar, quando na verdade ela deveria frear. Foi quando o maquinista acionou o freio de emergência, mas não houve tempo para a parada total.
Entre os feridos no acidente, 33 pessoas foram socorrridas pelos bombeiros e outras 16 atendidas pelo Samu. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais. Segundo a pasta, nenhum caso foi grave e todas as pessoas já tiveram alta. A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram atendidas três pessoas em hospitais estaduais.
O sistema de sinalização da Linha 3 deveria ter sido substituído por outro mais moderno no ano passado, segundo informou o Metrô. A companhia contratou a empresa Alstom em 2008 para implantar o novo sistema nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, com prazo de finalização em julho de 2011. Entretanto, houve um atraso, e a Alstom foi multada em R$ 10 milhões, segundo o Metrô.
Uma das vítimas, um homem de 34 anos, que trabalha com rodeios, disse ao G1 que fraturou um dedo do pé e, por isso, perdeu a semana de trabalho. “Agora vou ter que voltar para Laranjal Paulista e não vou poder mais trabalhar no rodeio em Carapicuíba”, disse ele, que pediu para não ser identificado. “Se não trabalhar, não ganho. Espero que me paguem pelo menos uns R$ 20 mil ou R$ 30 mil.”
De acordo com Ademar Gomes, na tarde desta sexta-feira (18) algumas vítimas ainda chegavam ao escritório. “Vamos ver o número máximo de pessoas que conseguimos reunir”, disse ele, que afirmou ter sido contatado para assessorar na formação de uma associação de vítimas. “Vai demorar pelo menos mais uma semana até começarmos com os processos.”
Os processos poderão ser movidos por danos materiais, lesões corporais e até danos morais, segundo o advogado. “Teve uma vítima, por exemplo, que precisou remarcar o casamento que estava agendado para esta quinta [17]. Tem gente com medo, muita gente machucada. Agora nós vamos avaliar os casos e as indenizações deverão ficar entre R$ 5 mil e R$ 50 mil”, explicou Gomes.
Uma professora da rede municipal de ensino, de 49 anos, que também pediu para não ser identificada, esteve no escritório da associação nesta sexta. Segundo ela, no momento do acidente ela estava indo para o INSS, com o objetivo de fazer uma perícia agendada há cerca de 90 dias. “Por causa disso, não consegui ir e eles remarcaram para novembro. Agora vou ter que esperar mais quase seis meses para fazer essa perícia”, disse ela, que afirmou ter machucado o joelho, o braço e a cabeça. “Fora o trauma que ficou em mim. Hoje peguei o metrô e fiquei morrendo de medo.”
Em nota, o Metrô informou que já constituiu um núcleo de atendimento e assistência às pessoas envolvidas. Os interessados deverão entrar em contato com a companhia pelo telefone 0800-7707722.
O acidente
A colisão aconteceu na manhã de quarta-feira na Linha 3 - Vermelha do Metrô. Uma composição bateu em outra entre as estações Penha e Carrão, na Zona Leste. O acidente ocorreu após uma falha em uma placa de controle de velocidade. Cada uma controla um trecho da linha. A placa que teve defeito ficava na estação Tatuapé e, por algum motivo, não identificou que havia um trem parado. Por isso o sistema de controle mandou a outra composição que vinha atrás acelerar, quando na verdade ela deveria frear. Foi quando o maquinista acionou o freio de emergência, mas não houve tempo para a parada total.
Entre os feridos no acidente, 33 pessoas foram socorrridas pelos bombeiros e outras 16 atendidas pelo Samu. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais. Segundo a pasta, nenhum caso foi grave e todas as pessoas já tiveram alta. A Secretaria de Estado da Saúde informou que foram atendidas três pessoas em hospitais estaduais.
O sistema de sinalização da Linha 3 deveria ter sido substituído por outro mais moderno no ano passado, segundo informou o Metrô. A companhia contratou a empresa Alstom em 2008 para implantar o novo sistema nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, com prazo de finalização em julho de 2011. Entretanto, houve um atraso, e a Alstom foi multada em R$ 10 milhões, segundo o Metrô.
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