A Justiça de Santo André, no ABC, decretou segredo no inquérito da Polícia Civil sobre a morte da universitária Lore de Santana Vaz, encontrada degolada dentro de um carro abandonado na cidade, no dia 13 deste mês. Segundo informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) nesta quinta-feira (20), a juíza Milena Dias, da Vara do Júri, determinou o sigilo na investigação feita pelo Setor de Homicídios da Delegacia Seccional. Com a decisão, os policiais que apuram a autoria e a motivação do crime não poderão mais repassar informações, por exemplo, à imprensa.
A decisão pelo segredo de Justiça foi tomada na quarta-feira (19). Não havia informações, no entanto, se o pedido do sigilo partiu da equipe do delegado Paulo Dionísio.
Na manhã desta quarta-feira, antes da decretação do sigilo, a polícia havia informado ao G1 que estava investigando conhecidos, colegas, amigos, atuais e antigos amores e até mesmo parentes para tentar esclarecer o homicídio. Nenhum suspeito pelo crime foi preso.
O corpo da mulher de 26 anos foi encontrado no dia 13. O pescoço da vítima e uma orelha estavam cortados, possivelmente com uma faca, e o maxilar e os dentes haviam sido quebrados como se alguém tivesse raiva dela.
A investigação trabalha com a hipótese de a vítima ter sido morta por vingança. Para os policiais, é possível que o assassino pertença ao círculo social, de amizades ou familiar de Lore Vaz.
Apesar de o telefone celular e o rádio do Fiat Uno cinza que ela dirigia terem sido roubados, o Setor de Homicídios acredita ser improvável a tese de roubo seguido de morte. O que reforça a tese de vingança é o fato de a morte dela ter sido violenta.
Por esse motivo, pessoas que conheciam Lore, estudaram com ela, vizinhos, quem a namorou e familiares dela estão sendo investigados na condição de averiguados. A polícia ainda não trata nenhum dos investigados como suspeito porque é preciso encontrar indícios da participação deles no crime.
Motivação
A principal pergunta que a investigação tenta responder para solucionar o mistério em torno da morte de Lore é: quem teria motivos para matá-la?
Para conseguir encontrar a resposta a essa questão, a polícia possui as imagens de câmeras de segurança gravadas no dia 12. As cenas mostram o momento em que dois homens deixam o automóvel usado por Lore para voltar da União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp), em São Caetano, também no ABC, onde cursava administração. A dupla foge num Chevrolet Kadett vermelho, guiado por outra pessoa. Tanto os três suspeitos quanto a placa do veículo usado na fuga ainda não foram identificados.
Nesta terça-feira (18), o dono de um Kadett suspeito de participar da morte de Lore Vaz chegou a ser detido. Ele foi liberado por falta de provas após prestar depoimentos. O carro será periciado, mas, segundo investigadores, não seria o mesmo veículo utilizado pelos criminosos para fugir. Na madrugada desta quarta outro carro da mesma marca, modelo e cor foi levado num guincho para o Setor de Homicídios.
Ainda na terça, o G1 entrevistou os pais da universitária, que disseram acreditar que a filha deles foi morta por alguém que a conhecia e estava com muita raiva dela. Para o mecânico João Luiz Vaz, de 52 anos, e sua mulher, a costureira Vandete Moreira de Santana Vaz, 47 anos, o mais provável é que Lore tenha sido morta por alguém com quem conviveu e sabia da sua rotina.
Vingança
Mãe de um menino de 10 anos, Lore morava com o garoto nos fundos da casa dos pais, em Santo André. Divorciada e aparentemente feliz com o namoro, ela trabalhava como promotora de eventos e, recentemente, ajudava na campanha política de uma candidata a vereadora em São Caetano do Sul. Apesar de ter figurado em programas de auditório na TV, seu sonho mesmo era o de poder abrir um pet shop, segundo os familiares.
Quando foram questionados se suspeitavam da participação no crime de alguém com quem Lore teve algum romance, os pais responderam que não desconfiavam do pai do neto deles, do ex-marido da filha ou do atual namorado da universitária, o corretor de imóveis Vinícius Cândido Teixeira. Em entrevista à TV Globo, Vinícius disse que também acredita na tese da polícia de que a mulher não foi morta num assalto.
O Fiat que Lore usava havia sido emprestado à ela pelo namorado. O veículo pertence ao pai de Vinícius. Além do namorado, o ex-marido da universitária, os pais dela e outros parentes prestaram depoimento. Eles contaram que a vítima “não tinha inimigos” e possuía “uma personalidade forte".
A polícia apura se a vingança teria sido motivada por uma questão passional, como ciúmes, por exemplo, ou questão financeira, por causa de dívidas que Lore adquiriu. Outras linhas para tentar solucionar o crime são de: reação a um sequestro-relâmpago e latrocínio.
Peritos da Polícia Técnico-Científica estão produzindo laudos a partir de material genético recolhido embaixo das unhas de Lore. Para a investigação, ela lutou com os criminosos e os arranhou para se defender. O resultado do exame de DNA será entregue para a Polícia Civil com o intuito de que seja comparado com o de um eventual suspeito pelo crime. Também não está confirmado se ela foi vítima de abuso sexual.
Antes de morrer, Lore havia escrito, no dia 29 de agosto, a frase "Coração muito apertado e triste..." no Facebook. As outras mensagens postadas por ela em sua página pessoal na internet, bem como um notebook, uma agenda e um pendrive que estavam no carro abandonado deverão ser periciados.
A decisão pelo segredo de Justiça foi tomada na quarta-feira (19). Não havia informações, no entanto, se o pedido do sigilo partiu da equipe do delegado Paulo Dionísio.
Na manhã desta quarta-feira, antes da decretação do sigilo, a polícia havia informado ao G1 que estava investigando conhecidos, colegas, amigos, atuais e antigos amores e até mesmo parentes para tentar esclarecer o homicídio. Nenhum suspeito pelo crime foi preso.
O corpo da mulher de 26 anos foi encontrado no dia 13. O pescoço da vítima e uma orelha estavam cortados, possivelmente com uma faca, e o maxilar e os dentes haviam sido quebrados como se alguém tivesse raiva dela.
A investigação trabalha com a hipótese de a vítima ter sido morta por vingança. Para os policiais, é possível que o assassino pertença ao círculo social, de amizades ou familiar de Lore Vaz.
Apesar de o telefone celular e o rádio do Fiat Uno cinza que ela dirigia terem sido roubados, o Setor de Homicídios acredita ser improvável a tese de roubo seguido de morte. O que reforça a tese de vingança é o fato de a morte dela ter sido violenta.
Por esse motivo, pessoas que conheciam Lore, estudaram com ela, vizinhos, quem a namorou e familiares dela estão sendo investigados na condição de averiguados. A polícia ainda não trata nenhum dos investigados como suspeito porque é preciso encontrar indícios da participação deles no crime.
Motivação
A principal pergunta que a investigação tenta responder para solucionar o mistério em torno da morte de Lore é: quem teria motivos para matá-la?
Para conseguir encontrar a resposta a essa questão, a polícia possui as imagens de câmeras de segurança gravadas no dia 12. As cenas mostram o momento em que dois homens deixam o automóvel usado por Lore para voltar da União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp), em São Caetano, também no ABC, onde cursava administração. A dupla foge num Chevrolet Kadett vermelho, guiado por outra pessoa. Tanto os três suspeitos quanto a placa do veículo usado na fuga ainda não foram identificados.
Nesta terça-feira (18), o dono de um Kadett suspeito de participar da morte de Lore Vaz chegou a ser detido. Ele foi liberado por falta de provas após prestar depoimentos. O carro será periciado, mas, segundo investigadores, não seria o mesmo veículo utilizado pelos criminosos para fugir. Na madrugada desta quarta outro carro da mesma marca, modelo e cor foi levado num guincho para o Setor de Homicídios.
Ainda na terça, o G1 entrevistou os pais da universitária, que disseram acreditar que a filha deles foi morta por alguém que a conhecia e estava com muita raiva dela. Para o mecânico João Luiz Vaz, de 52 anos, e sua mulher, a costureira Vandete Moreira de Santana Vaz, 47 anos, o mais provável é que Lore tenha sido morta por alguém com quem conviveu e sabia da sua rotina.
Vingança
Mãe de um menino de 10 anos, Lore morava com o garoto nos fundos da casa dos pais, em Santo André. Divorciada e aparentemente feliz com o namoro, ela trabalhava como promotora de eventos e, recentemente, ajudava na campanha política de uma candidata a vereadora em São Caetano do Sul. Apesar de ter figurado em programas de auditório na TV, seu sonho mesmo era o de poder abrir um pet shop, segundo os familiares.
Quando foram questionados se suspeitavam da participação no crime de alguém com quem Lore teve algum romance, os pais responderam que não desconfiavam do pai do neto deles, do ex-marido da filha ou do atual namorado da universitária, o corretor de imóveis Vinícius Cândido Teixeira. Em entrevista à TV Globo, Vinícius disse que também acredita na tese da polícia de que a mulher não foi morta num assalto.
O Fiat que Lore usava havia sido emprestado à ela pelo namorado. O veículo pertence ao pai de Vinícius. Além do namorado, o ex-marido da universitária, os pais dela e outros parentes prestaram depoimento. Eles contaram que a vítima “não tinha inimigos” e possuía “uma personalidade forte".
A polícia apura se a vingança teria sido motivada por uma questão passional, como ciúmes, por exemplo, ou questão financeira, por causa de dívidas que Lore adquiriu. Outras linhas para tentar solucionar o crime são de: reação a um sequestro-relâmpago e latrocínio.
Peritos da Polícia Técnico-Científica estão produzindo laudos a partir de material genético recolhido embaixo das unhas de Lore. Para a investigação, ela lutou com os criminosos e os arranhou para se defender. O resultado do exame de DNA será entregue para a Polícia Civil com o intuito de que seja comparado com o de um eventual suspeito pelo crime. Também não está confirmado se ela foi vítima de abuso sexual.
Antes de morrer, Lore havia escrito, no dia 29 de agosto, a frase "Coração muito apertado e triste..." no Facebook. As outras mensagens postadas por ela em sua página pessoal na internet, bem como um notebook, uma agenda e um pendrive que estavam no carro abandonado deverão ser periciados.
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