A Polícia Civil identificou os policiais militares que atiraram três vezes contra o servente Paulo Batista do Nascimento, na Zona Sul de São Paulo. O crime ocorreu no sábado (10) e parte da ação foi filmada por uma testemunha.
De acordo com as investigações, o soldado Marcelo de Oliveira Silva atirou duas vezes. A primeira foi quando o servente já estava detido e estava atrás do carro da polícia. O segundo tiro foi dado na sequência, quando o jovem de 25 anos tentou correr. Após ser colocado no carro, o servente foi atingido pelo terceiro disparo, feito por Jailson Pimentel de Almeida.
Cinco PMs estão detidos disciplinarmente na Corregedoria da PM por suspeita de execução. Além de Silva e Almeida, também estão envolvidos o tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique e Diógenes Marcelino de Melo. Eles passaram a ser investigados após a divulgação das imagens de parte da operação que terminou com dois mortos e um preso.
No vídeo, a testemunha flagra o momento em que o jovem é retirado de dentro de uma casa. Um tiro é ouvido no momento em que ele é colocado em um carro da polícia. Ao registrar a ocorrência, os policiais alegaram que abordaram suspeitos em um carro roubado, houve troca de tiros e o corpo do servente foi encontrado depois em uma viela.
As duas vítimas já tinham sido ameaçadas de morte por policiais militares semanas antes do crime, segundo parentes das vítimas.
Indiciamento e prisão
O advogado José Miguel da Silva Júnior disse que o tenente Halston Kay Yin Chen e o soldado Francisco Anderson Henrique foram indiciados nesta terça por homicídio doloso.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disse no fim da tarde que o pedido de prisão preventiva deve ser realizado somente após as investigações apontarem a individualização das condutas de cada um dos PMs. "As imagens falam por si sós. Nós vamos pedir a preventiva. Ainda estamos investigando", afirmou.
O advogado de Chen disse que o tenente não disparou contra o servente. "O que posso afirmar é que o tenente disse que esse disparo em nenhum momento saiu da arma dele", afirmou.
Segundo o advogado, o tenente foi chamado pelo rádio para dar apoio a outra equipe envolvida em troca de tiro. "Ele relata os fatos com muita tranquilidade agora. Ele está mais calmo. Foi o primeiro evento envolvendo o tenente em troca de tiro", afirmou o defensor.
"Ele ficou em choque. Houve uma luta, uma resistência por parte da vítima e depois essa vítima foi dominada, foi colocada ferida dentro do guarda-preso e foi socorrida. Infelizmente ouve-se outro disparo que o Chen não sabe quem deu esse outro disparo. A viatura estava com problema no luminoso e ele (Chen) estava a todo momento abrindo o trânsito. Então ele ouviu, mas chegou até o final tentando socorrer", disse o advogado.
Testemunha sem proteção
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro de Lima, disse nesta terça que a testemunha que filmou a ação não pediu proteção policial. De acordo com Carneiro, o homem que fez as imagens poderá solicitar a qualquer momento a proteção caso se sinta ameaçado.
O delegado-geral recriminou o uso da força excessiva em abordagens policiais. "Quando um agente da lei comete um crime, a reação da sociedade é muito negativa porque a sociedade espera que o agente da lei cumpra a lei e não que cometa crime."
Carneiro comemorou o fato de a madrugada desta terça (13) ter apresentado uma interrupção na sequência de mortes. "Essa é a tendência. São Paulo vive um momento muito bom", afirmou. Segundo levantamento da TV Globo, 256 pessoas foram assassinadas na Grande São Paulo desde 8 de outubro.
Na segunda-feira (12), o delegado havia afirmado que a alta no total de assassinatos quebrou uma tendência. “Esse alto índice foi porque houve essa quebra de um padrão. No estado de São Paulo, são 42 milhões de habitantes. Em média, nós estávamos com 10 a 12 mortes por dia. Infelizmente, houve essa mudança brutal e essa mudança brutal a polícia está investigando”, disse.
De acordo com as investigações, o soldado Marcelo de Oliveira Silva atirou duas vezes. A primeira foi quando o servente já estava detido e estava atrás do carro da polícia. O segundo tiro foi dado na sequência, quando o jovem de 25 anos tentou correr. Após ser colocado no carro, o servente foi atingido pelo terceiro disparo, feito por Jailson Pimentel de Almeida.
Cinco PMs estão detidos disciplinarmente na Corregedoria da PM por suspeita de execução. Além de Silva e Almeida, também estão envolvidos o tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique e Diógenes Marcelino de Melo. Eles passaram a ser investigados após a divulgação das imagens de parte da operação que terminou com dois mortos e um preso.
No vídeo, a testemunha flagra o momento em que o jovem é retirado de dentro de uma casa. Um tiro é ouvido no momento em que ele é colocado em um carro da polícia. Ao registrar a ocorrência, os policiais alegaram que abordaram suspeitos em um carro roubado, houve troca de tiros e o corpo do servente foi encontrado depois em uma viela.
As duas vítimas já tinham sido ameaçadas de morte por policiais militares semanas antes do crime, segundo parentes das vítimas.
Indiciamento e prisão
O advogado José Miguel da Silva Júnior disse que o tenente Halston Kay Yin Chen e o soldado Francisco Anderson Henrique foram indiciados nesta terça por homicídio doloso.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) disse no fim da tarde que o pedido de prisão preventiva deve ser realizado somente após as investigações apontarem a individualização das condutas de cada um dos PMs. "As imagens falam por si sós. Nós vamos pedir a preventiva. Ainda estamos investigando", afirmou.
O advogado de Chen disse que o tenente não disparou contra o servente. "O que posso afirmar é que o tenente disse que esse disparo em nenhum momento saiu da arma dele", afirmou.
Segundo o advogado, o tenente foi chamado pelo rádio para dar apoio a outra equipe envolvida em troca de tiro. "Ele relata os fatos com muita tranquilidade agora. Ele está mais calmo. Foi o primeiro evento envolvendo o tenente em troca de tiro", afirmou o defensor.
"Ele ficou em choque. Houve uma luta, uma resistência por parte da vítima e depois essa vítima foi dominada, foi colocada ferida dentro do guarda-preso e foi socorrida. Infelizmente ouve-se outro disparo que o Chen não sabe quem deu esse outro disparo. A viatura estava com problema no luminoso e ele (Chen) estava a todo momento abrindo o trânsito. Então ele ouviu, mas chegou até o final tentando socorrer", disse o advogado.
Testemunha sem proteção
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro de Lima, disse nesta terça que a testemunha que filmou a ação não pediu proteção policial. De acordo com Carneiro, o homem que fez as imagens poderá solicitar a qualquer momento a proteção caso se sinta ameaçado.
O delegado-geral recriminou o uso da força excessiva em abordagens policiais. "Quando um agente da lei comete um crime, a reação da sociedade é muito negativa porque a sociedade espera que o agente da lei cumpra a lei e não que cometa crime."
Carneiro comemorou o fato de a madrugada desta terça (13) ter apresentado uma interrupção na sequência de mortes. "Essa é a tendência. São Paulo vive um momento muito bom", afirmou. Segundo levantamento da TV Globo, 256 pessoas foram assassinadas na Grande São Paulo desde 8 de outubro.
Na segunda-feira (12), o delegado havia afirmado que a alta no total de assassinatos quebrou uma tendência. “Esse alto índice foi porque houve essa quebra de um padrão. No estado de São Paulo, são 42 milhões de habitantes. Em média, nós estávamos com 10 a 12 mortes por dia. Infelizmente, houve essa mudança brutal e essa mudança brutal a polícia está investigando”, disse.
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