sábado, 19 de outubro de 2013

Governo quer ver médico na periferia

Quem atuar em um dos 15 hospitais nos quais há dificuldade de contratar receberá bônus sobre salário                            


DIÁRIO DE S.PAULO   

POR: Lucilene Oliveira
Especial para o DIÁRIO

Tanto  os servidores administrativos da saúde que optarem por carga horária semanal de 40 horas quanto os médicos que escolherem trabalhar na periferia terão aumento salarial. Cerca de 22 mil funcionários públicos da área administrativa   vão passar a receber remuneração  25% maior e o teto salarial poderá chegar a R$ 5 mil.
Os médicos e profissionais de enfermagem que trabalharem em um dos 15 hospitais nos quais há dificuldade de preenchimento de vaga receberão um bônus de 30% sobre o salário.
“Vamos ter uma gratificação pelo local para não faltar médicos na periferia”, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que apontou cinco dos 15 hospitais onde os profissionais receberão a gratificação: São Mateus, Guaianases e Sapopemba, na Zona Leste, Parada de Taipas, na Zona Norte, e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou não ter a lista completa das 15 unidades ambulatoriais.
mais residentes/  Alckmin também anunciou a criação de 600 vagas de residentes nas áreas de pediatria, neonatologia, anestesia, ortopedia, obstetrícia, clínica médica  e urgência. “As vagas serão para onde  faltam essas especialidades. Metade vai para os  hospitais universitários das redes do estado e a outra metade vai para instituições nas periferias metropolitanas e no interior de São Paulo”, afirmou.
O número de residentes na cidade vai saltar de  5.534 para 6.134. Eles recebem bolsa de R$ 3 mil por mês. O gasto com as bolsas será de R$ 227,5 milhões por ano. O número de instituições que recebem residentes vai subir de  49 para 68 hospitais.
Incor tem nova biblioteca e centro de pesquisa
Um novo centro de pesquisa e uma nova biblioteca do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas foram  inaugurados ontem pelo governador Geraldo Alckmin. As obras, que duraram cerca de três anos e tiveram investimento de R$ 4,7 milhões, têm como objetivo dar suporte a cerca  de  mil estudos clínicos em andamento.
Os testes em seres humanos para o desenvolvimento de vacinas contra o HIV e a febre reumática serão o carro-chefe do centro de pesquisa e devem começar nos próximos anos.
O centro de pesquisa ocupa um andar inteiro do hospital. São 1,2 mil m² para  15 consultórios e oito laboratórios de investigação. A capacidade de atendimento é de  60 pacientes por dia.
A biblioteca digital está equipada com recursos interativos para a  pesquisa de dados científicos, nacionais e internacionais. A proposta é que, além da biblioteca  ser usada por  pesquisadores do Instituto do Coração, dê suporte aos alunos de graduação, pós-graduação e especialização nas áreas de  cardiologia, pneumologia, cirurgia cardíaca e torácica.
“Estamos inaugurando a biblioteca  mais moderna do país. Antes, os pacientes que participavam de pesquisas clínicas ficavam misturados aos demais pacientes. Agora eles ficam só aqui (no primeiro andar). É um grande avanço que beneficia muito o Incor”, disse Alckmin.
                    
                                                                                                                              
 

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