domingo, 28 de agosto de 2011

Em SP, PCdoB confirma Netinho como ‘pré-candidato’

  DivulgaçãoUm encontro municipal do PCdoB confirmou neste sábado (27) o nome do vereador-pagodeiro Netinho de Paula como pré-candidato da legenda à prefeitura de São Paulo.
A decisão, tomada por unanimidade, ratifica indicação que havia sido feita em abril. Netinho e o partido vão agora negociar com outras legendas.
Netinho vem de uma derrota na corrida para o Senado, no ano passado. Ficou na Terceira colocação, com 7,7 milhões de votos.
Consumada a escolha, Netinho disse que seu principal objetivo passa a ser a costura de uma coligação com outras legendas.
Disse estar dialogando com o PDT, presidido em São Paulo pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da força.
Declarou-se gratamente surpreso com a decisão do PR de distanciar-se do PT e de incluir o seu PCdoB no rol de alternativas de composição.
Netinho contou que, na semana passada, reuniu-se em Brasília com o deputado Valdemar Costa Neto, o célebre secretário-geral do PR.
De resto, Netinho declara que inclui nos seus planos o PSD do atual prefeito Gilberto Kassab.
"Temos realizado com o prefeito um trabalho de renovação na Câmara, que pode ser estendido para um futuro mandato na prefeitura.", disse.
O pré-candidato do PCdoB considera-se uma “alternativa” para romper em São Paulo a polarização entre PT e PSDB.
A novidade constui um novo problema para Lula, que tenta empinar em São Paulo a candidatura do ministro Fernando Haddad.
Tradicional aliado do PT, o PCdoB deseja agora constituir um novo pólo.
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Escrito por Josias de Souza às 20h25

No AP, médicos decidem paralisar os plantões do SUS

  DivulgaçãoUma crise no setor de saúde pode deixar a clientela do SUS sem atendimento nos ponto-socorros do Amapá dentro de cinco dias.
A decisão de paralisar os plantões a partir de 1o de setembro foi tomada em assembléia representativa dos 500 médicos que trabalham para o Estado.
Deu-se há dois dias, na sede do CRM-AP (Conselho Regional de Medicina do Amapá). Uma parte dos médicos decidiu adotar posição ainda mais drástica.
Menos de 24 horas depois da realização da assembléia, cerca de 120 médicos comunicaram ao CRM local a decisão de pedir demissão.
Confirmado-se a dupla ameaça –paralisação e demissões— os hospitais públicos amapaenses evoluirão da precariedade para o caos.
Em texto levado à sua página na web, o CRM do Amapá explica os meandros da crise. Na origem estão: más condições de trabalho, baixa remuneração e uma ilegalidade.
Os médicos que atendem em hospitais públicos do Amapá recebem, em média R$ 3.056 por mês.
É menos da metade do piso recomendado pela Federação Nacional dos Médicos, de R$ 9.188,72.
Para complementar os vencimentos, o Estado recorre a uma ilegalidade. Engorda os contracheques dos médicos com o pagamento de plantões jamais realizados.
Informado sobre o malfeito, o Ministério Público Estadual concluiu o óbvio: pagamento de plantões sem o derramamento de suor, não tem amparo legal.
Em 29 de julho, a Promotoria do Amapá promoveu um encontro de autoridades do governo, do CRM e do sindicatos dos médicos do Amapá.
Firmou-se nessa reunião um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Coisa ambiciosa, destinada a resolver a crise da saúde.
Prevê da compra emergencial de material hospitalar à regularização da escala de plantões.
Quem lê o documento, disponível aqui, fica sabendo que falta de tudo nos hospitais do Amapá –de medicamentos a material descartável como luvas e máscaras.
Em relação aos plantões ilegais, decidiu-se: fazer uma auditoria nas escala, suspender os pagamentos indevidos e enviar à Asembléia Legislativa projeto de regulamentação.
Ficou entendido que o Estado negociaria com os medicos a reformulação da sistemática de trabalho até o dia 31 de agosto.
“Até o momento”, anota o CRM-AP em seu texto, “a classe [médica] não recebeu nenhum posicionamento do órgão [Secretaria de Saúde do Estado.]”
Daí a decisão de paralisar os plantões, seguida da leva de pedidos de demissões. Os demissionários estão ligados ao Estado por contratos administrativos.
Pra tentar se precaver contra eventuais retaliações judiciais, o CRM enviará ao Ministério Público comunicação formal das decisões tomadas pela categoria.
Agendou-se uma nova assembéia dos médicos amapaenses para a próxima terça (30), véspera do vencimento do prazo para a definição da nova sistemática de plantões.
Trava-se no Amapá uma briga em que a clientela pobre dos hospitais públicos entra com a vida.
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Escrito por Josias de Souza às 18h40

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