Ademir Oliveira Rosário, conhecido como "Maníaco da Cantareira", afirmou nesta terça-feira (13), durante julgamento no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, que queria apenas "sair com os meninos, ter um caso”. Ele é acusado de ter matado Francisco Ferreira de Oliveira Neto, de 14 anos, e Josenildo José de Oliveira, de 13, na Serra da Cantareira, em 22 de setembro de 2007. Cinco mulheres e dois homens compõem o Conselho de Sentença.
Rosário contou que estava com um colega quando encontrou os dois meninos na mata – o outro réu já foi condenado pelo crime. Ele subiu com o mais velho e o colega ficou com o mais novo em um ponto da trilha. “Eu queria ter uma coisa com ele. Não é estupro, como foi falado. Ele falou que não queria, deu um branco na hora e esfaqueei ele”, disse. Depois, ele contou que desceu, contou o que havia ocorrido e o colega deu facadas no outro irmão.
Durante a fase de debates, o promotor Eduardo Campana pediu a condenação do réu por dois homicídios triplamente qualificados. Ele sustentou que Rosário premeditou o crime, o que foi demonstrado com o depoimento de três adolescentes abordados na mata antes da morte dos irmãos. “A identificação dele foi feita, inclusive pelas vítimas que foram abordadas. Esses meninos que ele diz que não encontrou naquela data”, disse o promotor.
No momento em que o promotor descrevia um depoimento anterior de Rosário, com detalhes dos assassinatos – o que o réu não repetiu em plenário –, a mãe dos meninos, Rita de Cássia Alves Oliveira, de 36 anos, deixou a sala, nervosa. Campana tentou convencer os jurados de que o réu tinha consciência do que fazia, apesar de alegar um “branco” no momento em que esfaqueou um dos meninos.
Campana também quis demonstrar a responsabilidade do réu em relação à morte do irmão mais novo. “Não adianta ele falar ‘com o outro eu não fiz nada’, como se não soubesse o que estava acontecendo com o Josenildo naquele momento”, disse o promotor, durante o julgamento. O responsável pela acusação também leu detalhes dos exames realizados nos corpos, que relatam evidências de abuso sexual. Rosário negou os abusos.
O julgamento teve início com o interrogatório do réu pois não foram convocadas testemunhas. Segundo o assistente de acusação Enéas de Oliveira Matos, isso não ocorreu diante da natureza da prova e porque ele é réu confesso. A mãe dos meninos disse esperar "que a justiça seja feita”.
Na época do crime, Rosário cumpria pena em regime semiaberto por outros crimes. Os sete jurados irão decidir se Rosário é culpado ou inocente da acusação do duplo homicídio qualificado (por motivo torpe e emboscada que dificultou a defesa das vítimas).
O caso
Em 2007, Francisco e Josenildo haviam sumido da casa da família. Os corpos deles foram achados três dias depois, em 25 de setembro, em uma mata próxima a serra. Rosário chegou a ser investigado como suspeito de ter cometido outros crimes idênticos na região, com cerca de 20 vítimas no total.
Quando ocorreram os assassinatos dos irmãos, Rosário já havia sido condenado três vezes: por roubo cometido em 1990, pelo homicídio de um homem ocorrido em 1991 e por atentado violento ao pudor de dois meninos e um roubo que aconteceram em 1998.
Rosário contou que estava com um colega quando encontrou os dois meninos na mata – o outro réu já foi condenado pelo crime. Ele subiu com o mais velho e o colega ficou com o mais novo em um ponto da trilha. “Eu queria ter uma coisa com ele. Não é estupro, como foi falado. Ele falou que não queria, deu um branco na hora e esfaqueei ele”, disse. Depois, ele contou que desceu, contou o que havia ocorrido e o colega deu facadas no outro irmão.
Durante a fase de debates, o promotor Eduardo Campana pediu a condenação do réu por dois homicídios triplamente qualificados. Ele sustentou que Rosário premeditou o crime, o que foi demonstrado com o depoimento de três adolescentes abordados na mata antes da morte dos irmãos. “A identificação dele foi feita, inclusive pelas vítimas que foram abordadas. Esses meninos que ele diz que não encontrou naquela data”, disse o promotor.
No momento em que o promotor descrevia um depoimento anterior de Rosário, com detalhes dos assassinatos – o que o réu não repetiu em plenário –, a mãe dos meninos, Rita de Cássia Alves Oliveira, de 36 anos, deixou a sala, nervosa. Campana tentou convencer os jurados de que o réu tinha consciência do que fazia, apesar de alegar um “branco” no momento em que esfaqueou um dos meninos.
Campana também quis demonstrar a responsabilidade do réu em relação à morte do irmão mais novo. “Não adianta ele falar ‘com o outro eu não fiz nada’, como se não soubesse o que estava acontecendo com o Josenildo naquele momento”, disse o promotor, durante o julgamento. O responsável pela acusação também leu detalhes dos exames realizados nos corpos, que relatam evidências de abuso sexual. Rosário negou os abusos.
O julgamento teve início com o interrogatório do réu pois não foram convocadas testemunhas. Segundo o assistente de acusação Enéas de Oliveira Matos, isso não ocorreu diante da natureza da prova e porque ele é réu confesso. A mãe dos meninos disse esperar "que a justiça seja feita”.
Na época do crime, Rosário cumpria pena em regime semiaberto por outros crimes. Os sete jurados irão decidir se Rosário é culpado ou inocente da acusação do duplo homicídio qualificado (por motivo torpe e emboscada que dificultou a defesa das vítimas).
O caso
Em 2007, Francisco e Josenildo haviam sumido da casa da família. Os corpos deles foram achados três dias depois, em 25 de setembro, em uma mata próxima a serra. Rosário chegou a ser investigado como suspeito de ter cometido outros crimes idênticos na região, com cerca de 20 vítimas no total.
Quando ocorreram os assassinatos dos irmãos, Rosário já havia sido condenado três vezes: por roubo cometido em 1990, pelo homicídio de um homem ocorrido em 1991 e por atentado violento ao pudor de dois meninos e um roubo que aconteceram em 1998.
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