“Ela estava muito apavorada e falou que era esposa do sequestrador. Lógico que essa versão não se sustentou. Apesar de ter visto o distintivo e as armas, ela só acreditou [que era a polícia] quando eu mostrei a cópia do bilhete”, disse o delegado. “Quando viu o bilhete, ela começou a chorar e me abraçou”.A mulher, uma estudante de direito de 30 anos, redigiu o pedido ajuda e jogou para fora do cativeiro, que ficava no fundo de uma casa no Jardim Lourdes, na Zona Leste. No bilhete, escrito no sábado (8), ela afirmou que estava sequestrada havia oito dias e pedia para quem encontrasse o papel que fizesse uma denúncia anônima à polícia. Ela contou que tinha um filho e que estava “com muito medo”. A mulher foi sequestrada ao deixar sua casa, na Zona Norte de São Paulo.
Uma pessoa que transitava pelo local encontrou o bilhete e entregou à polícia. Ao chegar ao cativeiro, a polícia a encontrou a vítima sentada em uma cama. De acordo com o delegado, no cômodo havia comida e refrigerante. A estudante e os familiares procuram agora ajuda de psicólogos, segundo informou um parente da vítima por telefone ao G1.
“Ela está muito abalada. Não vamos falar com a imprensa. Vamos procurar ajuda de psicólogos”, afirmou o familiar G1.
Um homem de 39 anos, que vigiava a casa, foi preso. No local foi apreendida uma arma. O caso foi registrado no 50º Distrito Policial, no Itaim Paulista, e será encaminhado para a Divisão Anti-Sequestro, do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic).
Leia abaixo o bilhete que a vítima escreveu:
Estou sequestrada faz 8 dias. Pelo amor de Deus, chame a polícia. ‘Tou’ no fundo da sua casa. Faça uma denúncia anônima.
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